Com linhas elegantes e usando materiais inusitados, como papel, o japonês Shigeru Ban recebeu o Prêmio Pritzker de 2014, considerado o Nobel da arquitetura. Uma de suas obras mais impressionantes é esta catedral, feita com tubos de papelão 6z4r4s
A catedral de papelão foi feita em Christchurch, cidade neozelandesa devastada por um terremoto
Em 1994, Ban desenhou estruturas de papel para servir de abrigo aos refugiados da guerra em Ruanda
Depois do terremoto no Haiti, o próprio arquiteto foi ao país devastado ajudar a construir as estruturas de papel
Em 2011, o inventivo Ban usou contêineres para criar estruturas provisórias na cidade japonesa de Myiagi
Basta ver os contêineres por dentro para ver que simplicidade não significa ausência de capricho
Também no Japão, o arquiteto criou uma casa de dois andares cujas paredes externas são cortinas, que podem ser abertas...
...ou fechadas de acordo com o desejo do morador
O arquiteto expandiu esse conceito em um prédio, cujas paredes da fachada se abrem...
...e fecham, como na casa com paredes de cortina
Um dos projetos mais radicais de ban é uma casa de linhas elegantes e nenhuma parede
Na Naked House, ele conseguiu questionar a noção tradicional de ambientes e, consequentemente, de vida doméstica. Ao mesmo tempo, criou uma atmosfera translúcida, quase mágica, afirmou o júri da premiação sobre o projeto sem paredes
A ausência de paredes e pureza de linhas é uma das principais marcas do arquiteto japonês
As residências projetadas por Ban são facilmente reconhecíveis por suas notáveis características, como a simplicidade do design
O arquiteto criou o gosto pelas construções em sua infância, observando os carpinteiros que trabalhavam na residência de seus pais
O japonês chegou a pensar em ser carpinteiro, mas acabou formand-se em arquitetura nos Estados Unidos, no Instituto de Arquitetura do Sul da Califórnia
Uma das primeiras grandes experiências de Ban com o papelão foi a igreja que ele construiu na cidade japonesa de Kobe, que havia sido devastada por um terremoto em 1995
A catedral, feita com tubos de papel, serviu de centro cívico para a população da cidade destruída
Quando foi chamado para desenhar a filial do parisiense Centro Pompidou, um dos principais museus de arte moderna do mundo, Ban já chamou a atenção com seu escritório em Paris
Ele fez uma estrutura também com papel no topo da sede do museu, que já era um dos mais instigantes edifícios construídos no século XX
A filial do Centro Pompidou, na cidade sa de Metz, não deixou nada a dever a sua irmã parisiense
O prédio se destaca pela elegância das linhas e a leveza da estrutura
Ban vai receber o prêmio em uma cerimônia em Amsterdam, no dia 13 de junho. Com a honraria, ele se junta ao também japonês Toyo Ito, vencedor no ano ado, e aos brasileiros Oscar Niemeyer e Paulo Mendes de Rocha, que ganharam, respectivamente, em 1988 e 2006