Rússia acusa Ucrânia de estar por trás de acidentes ferroviários e de explosões que mataram sete pessoas 1v6ec
A Rússia acusou a Ucrânia, nesta terça-feira (3), de estar por trás de acidentes ferroviários e de explosões que causaram o desabamento de duas pontes, no último fim de semana, deixando sete mortos e mais de 100 feridos. Durante encontro para negociações em Istambul, na Turquia, o Kremlin também afirmou que não há perspectiva de resolução a curto prazo para o conflito. 6v1e
A Rússia acusou a Ucrânia, nesta terça-feira (3), de estar por trás de acidentes ferroviários e de explosões que causaram o desabamento de duas pontes, no último fim de semana, deixando sete mortos e mais de 100 feridos. Durante encontro para negociações em Istambul, na Turquia, o Kremlin também afirmou que não há perspectiva de resolução a curto prazo para o conflito. qh5a
"Está claro que os terroristas, seguindo ordens do regime de Kiev, planejaram tudo com a máxima precisão para que suas explosões afetassem centenas de civis", afirmou em comunicado o Comitê de Investigação Russo, responsável pelas principais investigações criminais.
As explosões ocorreram na noite de sábado (31) nas regiões russas de Kursk e Bryansk, na fronteira com a Ucrânia. Elas causaram o descarrilamento de três trens (um de ageiros, um de carga e um de controle), deixando sete mortos e 113 feridos, incluindo crianças, apontam as autoridades.
Uma investigação por "atos de terrorismo" foi aberta, segundo a mesma fonte. Até o momento, a Ucrânia não reagiu às acusações.
Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, foram registrados frequentes casos de sabotagem ou tentativas de sabotagem de ferrovias e de outras infraestruturas na Rússia, especialmente em regiões de fronteira. No entanto, até o momento, nenhum incidente com um número tão elevado de mortos havia sido registrado.
Além disso, no fim de semana, a Ucrânia também atacou a Força Aérea russa em várias bases, algumas localizadas longe das linhas de frente, após ter introduzido drones explosivos clandestinamente na Rússia.
Os serviços de segurança ucranianos também reivindicaram a responsabilidade por um ataque com explosivos a uma ponte na Crimeia, que liga a península anexada por Moscou ao território russo.
Sem resolução a curto prazo 684x54
O Kremlin descartou nesta terça-feira qualquer resolução de curto prazo para o conflito armado na Ucrânia, após novas negociações russo-ucranianas pouco produtivas em Istambul.
Kiev acusa há meses a Rússia de bloquear as negociações de paz, pois Moscou rejeita o pedido ucraniano de uma trégua incondicional, alegando que isso permitiria à Ucrânia se rearmar com a ajuda de seus aliados.
"Seria equivocado esperar decisões e avanços imediatos", declarou na terça-feira o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.
"O tema da resolução é extremamente complexo e envolve muitas nuances", acrescentou, lembrando que Moscou deseja, antes de tudo, "eliminar as causas profundas do conflito" para alcançar a paz.
Moscou condiciona a interrupção dos combates à resolução dessas "causas profundas": em especial o status dos territórios ucranianos, cuja anexação reivindica, e a vontade de Kiev de ingressar na Otan, vista por Moscou como uma ameaça.
(Com AFP)