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Alemanha reafirma polêmico apoio militar a Israel em meio a críticas internas e internacionais 5l5w4c

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, reafirmou nesta quarta-feira (4), em pronunciamento no Bundestag, o parlamento alemão, o compromisso do país em continuar apoiando Israel, inclusive com o fornecimento de armamentos, apesar das crescentes controvérsias e críticas internas e internacionais. A sessão parlamentar foi marcada por protestos e incidentes que refletem a polarização do debate sobre o conflito no Oriente Médio. 4u4v4l

4 jun 2025 - 13h17
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O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, reafirmou nesta quarta-feira (4), em pronunciamento no Bundestag, o parlamento alemão, o compromisso do país em continuar apoiando Israel, inclusive com o fornecimento de armamentos, apesar das crescentes controvérsias e críticas internas e internacionais. A sessão parlamentar foi marcada por protestos e incidentes que refletem a polarização do debate sobre o conflito no Oriente Médio. 4u4v4l

Manifestação em apoio aos palestinos em Berlim, Alemanha, em 15 de maio de 2021.
Manifestação em apoio aos palestinos em Berlim, Alemanha, em 15 de maio de 2021.
Foto: REUTERS - CHRISTIAN MANG / RFI

O apoio firme da Alemanha a Israel é motivo de intensos debates internos. O país, que ao lado dos Estados Unidos figura como um dos aliados mais próximos de Israel, carrega um peso histórico importante devido à sua responsabilidade pelo Holocausto e o extermínio de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Essa herança tem influenciado a política externa alemã e sua posição em relação ao Estado israelense.

"Ameaças" 37534f

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, destacou que Israel enfrenta ameaças constantes de grupos armados, como os houthis do Iêmen e o Hezbollah, com base no Líbano, além da pressão representada pelo Irã, o que, segundo ele, torna indispensável a manutenção do apoio militar alemão para garantir a segurança do Estado israelense. O ministro conservador também anunciou que se reunirá na quinta-feira com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, durante sua visita a Berlim.

Durante a sessão, uma mulher presente na galeria do plenário interrompeu os trabalhos com gritos em inglês, clamando por "Libertem a Palestina" e "Não ao genocídio", em referência às operações militares de Israel na Faixa de Gaza. Ela foi retirada à força por agentes de segurança. Em paralelo, a deputada Cansin Köktürk, do partido de esquerda radical Die Linke, foi convidada a deixar o plenário pela presidente do Bundestag, Julia Klöckner, por usar uma camiseta com a palavra "Palestina", o que também gerou controvérsia.

Pressão sobre Israel 2t4x

A recente reafirmação do apoio da Alemanha a Israel, incluindo a continuidade das entregas de armamentos, reflete a complexidade e as contradições que permeiam a política internacional diante do conflito israelo-palestino. 

O discurso oficial, representado pelo ministro Johann Wadephul, justifica o apoio militar como uma resposta às ameaças reais enfrentadas por Israel, vindas de grupos armados como o Hezbollah, no Líbano, e os houthis, no Iêmen, além do Irã. Essa narrativa busca legitimar a ajuda contínua como um mecanismo necessário para garantir a segurança do Estado israelense.

Por outro lado, os números trágicos das vítimas palestinas, especialmente civis, apontam para um desequilíbrio humanitário grave. Com mais de 54 mil mortos palestinos — em sua maioria civis — e um bloqueio que ameaça desencadear uma crise alimentar, a situação humanitária em Gaza é denunciada por organizações internacionais e pela ONU como insustentável. Essa realidade alimenta uma crescente contestação social e política na Alemanha, expressa nos protestos dentro do Bundestag e na polêmica envolvendo parlamentares.

Mudança de rota? 336f49

A ameaça do chanceler Friedrich Merz de suspender o apoio ao governo Netanyahu indica uma possível mudança de rota, ou ao menos um sinal de alerta, diante da intensificação da ofensiva israelense. Contudo, a forte aliança histórica e estratégica entre Alemanha e Israel — reforçada por laços políticos, econômicos e culturais — dificulta uma ruptura definitiva no apoio.

O debate na Alemanha expõe um dilema clássico da política externa: conciliar valores morais, como direitos humanos e o compromisso histórico com o povo judeu, com interesses geopolíticos e de segurança.

Enquanto a pressão internacional cresce para que Israel encerre a guerra, o governo alemão tenta equilibrar sua posição para não se afastar de um aliado importante, mas também para não ignorar as preocupações humanitárias e políticas de sua própria sociedade.

Por fim, as acusações de genocídio contra Israel, apesar de rejeitadas pelo governo israelense, refletem uma tensão global sobre o uso da força, proporcionalidade e proteção de civis em conflitos.

Essa discussão não é apenas legal ou diplomática, mas também profundamente ética e política, e tende a continuar alimentando debates acalorados, especialmente em países com laços históricos tão fortes quanto os da Alemanha com Israel.

(Com AFP)

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