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Política 6g5i6x

As principais frases de Carla Zambelli quando anunciou saída do Brasil após condenação do STF 1w1r6l

A deputada afirmou que tem sofrido "pressão judicial" e "perseguição política" 2b3439

3 jun 2025 - 17h53
(atualizado às 18h38)
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Deputada federal Carla Zambelli e líderes de movimento dos caminhoneiros falam à imprensa no Palácio do Planalto
Deputada federal Carla Zambelli e líderes de movimento dos caminhoneiros falam à imprensa no Palácio do Planalto
Foto: Adriano Machado / Reuters

Condenada por unanimidade no Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão e perda do mandato parlamentar, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) disse ter deixado o Brasil para viver na Europa. A deputada afirmou que tem sofrido "pressão judicial" e "perseguição política", motivos que a fizeram decidir se mudar e pedir licença não remunerada na Câmara. 3v491u

Além de condenada por liderar a invasão a sistemas do Poder Judiciário, com emissão de um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, Zambelli responde a outro processo na Suprema Corte, por perseguir um homem com uma pistola na véspera do segundo turno das eleições de 2022. O julgamento está suspenso, mas há maioria formada pela condenação por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.

"Gostaria de deixar bem claro que não é um abandono do País. Não é desistir da minha luta, muito pelo contrário. É resistir. É poder continuar falando o que quero falar. É voltar a ser a Carla que eu era antes das amarras que essa ditadura nos impôs", disse a deputada em entrevista ao vivo ao canal do YouTube AuriVerde Brasil, nesta terça-feira, 2.

Como medidas antes de deixar o País, Zambelli afirmou que delegou a istração de suas páginas nas redes sociais à mãe, Rita Zambelli, e emancipou o filho de 17 anos. A deputada planeja que ambos concorram às eleições e herdem seu espólio eleitoral: a mãe para o cargo de deputada federal no próximo ano, e o filho para vereador de São Paulo. Veja a seguir os principais destaques da entrevista.

Urnas eletrônicas 1g341p

Repetindo as acusações sem provas que embasaram a tentativa de golpe de Estado de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, a qual é réu no STF, Zambelli afirmou que as urnas eletrônicas no Brasil "não são confiáveis". A Justiça Eleitoral tem mecanismos de proteção e integridade do sistema de votação brasileiro e já reafirmou, mais de uma vez, a segurança do processo de votação brasileiro.

"Não dá para a gente acreditar em urnas eletrônicas. As urnas não são confiáveis. E eu não podia falar essa frase estando no Brasil. Porque eu seria cassada e perseguida mais ainda. Aqui fora posso falar", disse, citando que esse teria sido um dos motivos que fez Bolsonaro perder as eleições para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

'Narrativa para me afastar de Bolsonaro' 2k6i6q

A deputada também afirmou ter sido usada como "bode expiatório" pela derrota de Bolsonaro em 2022, e que advogado Fábio Wajngarten, então assessor dele, foi o principal responsável pela difamação, se referindo ao episódio em que perseguiu um homem apontando uma pistola para ele na véspera da eleição.

"A gente percebeu que eles criaram uma narrativa para me afastar do Bolsonaro, para a direita ver só uma parte daquele episódio (perseguição com arma). Hoje, quando a direita vê o episódio todo... Aí, sim, a gente vê que as pessoas concordariam comigo. Mas aí a narrativa já foi criada, a depressão já tinha acontecido, o afastamento entre mim e o Bolsonaro já tinha acontecido também. E ele já tinha sido contaminado pelo Fábio Wajngarten, que foi a pessoa que ficou ali no ouvido dele o tempo todo, falando 'você perdeu por causa da Carla'."

Vídeos de diferentes ângulos mostram o momento em que Zambelli apontou uma arma para um homem e o perseguiu junto com seus seguranças no bairro Jardins, em São Paulo. Uma das gravações mostra que ela chegou a cair no chão e, depois, correu atrás do homem.

Um tiro é disparado e pode ser ouvido, mas nesse momento a deputada não estava com a arma em mãos. Em sua defesa, ela afirmou que só teve a conduta de sacar a pistola e apontar para o homem para defender o filho adolescente.

Supremas Cortes pelo mundo 'afogando pessoas conservadoras' 6o571a

Sobre seus planos de atuação nos países europeus, Zambelli afirmou que existe um "movimento mundial" de Supremas Cortes "tentando entrar no Legislativo e no Executivo, para afogar as pessoas conservadoras".

A deputada foi questionada pelo entrevistador se pretendia fazer denúncias especialmente em Portugal, país onde o ministro Gilmar Mendes teria "grandes negócios", sem citá-lo nominalmente, recebendo resposta afirmativa da deputada.

"Vou procurar as autoridades em Portugal para que a gente possa falar sobre os ministros que têm tirado dinheiro do nosso País, levado para outros países, para poderem ser recebidos como reis nesse país, porque não conseguem mais viver nas ruas do Brasil. Estão vivendo em prisão domiciliar, porque não conseguem sair de suas casas."

'STF foi meu tiro' 473q6t

Zambelli também comparou o atentado sofrido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a campanha eleitoral no ano ado, em que levou um tiro de raspão no rosto, e a facada levada por Bolsonaro em 2018, aos processos aos quais responde na Suprema Corte.

"O tiro do Trump, a facada do Bolsonaro, eu diria que o STF foi meu tiro. O Alexandre de Moraes, o Gilmar Mendes, que foi relator do meu outro caso, esses 15 anos de prisão que eles me deram, quando eles achavam que eu ia deixar de dar frutos e virar cinzas, é quando eles menos esperaram, porque é daqui que vão nascer novos frutos, é daqui que vão nascer novas ações, e eu vou denunciar, sim."

Parlamento 'agachado' e Flávio Dino 'quer executar emendas do jeito dele' j5x3w

A deputada criticou a atuação do ministro Flávio Dino, do STF, a frente de processos que questionam o chamado "orçamento secreto", esquema revelado pelo Estadão em maio de 2021, e as "emendas Pix". Os dois são rees de dinheiro público sem transparência por deputados e senadores.

"O Parlamento não tem sido mais o que a gente espera, tem ficado agachado. E não é por falta de coragem dos nossos parlamentares. Mas é porque o que eles fazem é desfeito no STF. E a Suprema Corte não é um supremo legislativo. A Suprema Corte hoje, ela executa, ela cria leis, ela julga leis, ela faz tudo, está fazendo papel de executivo. Por exemplo, o ministro (Flávio) Dino, quando nos impõe a questão das emendas parlamentares, que está na Constituição, que funcionava, ele está querendo executar as emendas do jeito dele."

Fazer na Europa o que Eduardo está fazendo nos EUA 1q2o4l

A deputada afirmou que foi questionada sobre ter escolhido o continente europeu e não os Estados Unidos para fugir da Justiça, respondendo que o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) "já está fazendo um trabalho exemplar" no país americano, onde está desde março buscando sanções contra Moraes.

"Quero ombrear com o Eduardo essa luta. Ele tem feito um trabalho maravilhoso", afirmou.

A atuação do filho "03", que tenta reverter a situação do pai, réu na Suprema Corte, já rendeu uma investigação na Polícia Federal sobre eventual coação no curso do processo do golpe, entre outros crimes.

Zambelli não revelou em qual país vai morar, apenas que possui cidadania europeia, que fala inglês, espanhol, e que pretende melhorar seu italiano.

Estadão
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