Condutor de charrete alega que testava égua quando atropelou turista no litoral de SP 5do6u
Suspeito está preso temporariamente; Thalita Danielle Hoshino morreu aos 37 anos 361t61
O homem que conduzia a charrete que atropelou a turista Thalita Danielle Hoshino, de 37 anos, e causou a sua morte, está preso desde o último sábado, 29. Em depoimento à polícia, ele alegou que estava testando a égua no momento do acidente e negou que fazia racha na praia de Itanhaém, no litoral de São Paulo. 636g3s
De acordo com a TV Tribuna, afiliada da Rede Globo, o homem foi ouvido na tarde de segunda-feira, 31, na Cadeia Pública de Peruíbe, cidade vizinha. Ao delegado Arilson Veras Brandão, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itanhaém, o suspeito alegou que tinha apenas a charrete dele e um veículo o acompanhando.
Ele também afirmou que não viu a vítima no momento do atropelamento, pois fica em uma posição mais baixa do que a altura da égua, e que, portanto, só sentiu o impacto. "O investigado negou que estivesse em qualquer tipo de racha ou de corrida, que estava apenas eando e testando uma égua que ele tinha acabado de adquirir”, explica Brandão.
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Para o delegado, toda a dinâmica dos danos causados à vítima e a sua bicicleta, além da informação do teste da égua e do local em que os fatos ocorreram, indicam que ele estava em uma velocidade um tanto quanto alta. “Levando essa e outras circunstâncias, nós ainda assim, estamos inclinados ao indiciamento pelo crime do homicídio doloso”, reforça.
O homem segue em prisão temporária de cinco dias, mas o delegado afirmou à emissora que deve pedir a prorrogação para mais cinco, para continuar levantando provas suficientes para um eventual pedido de prisão preventiva.
O acidente 4t3w13
Thalita foi atropelada no último dia 23, em um trecho de areia da praia entre Peruíbe e Itanhaém. Ela estava andando de bicicleta próximo do mar com uma amiga quando a charrete a atingiu. De acordo com a Polícia Civil, o condutor da charrete disse que não percebeu a aproximação da mulher. Ela foi internada com um quadro de traumatismo cranioencefálico grave, não resistiu e teve a morte confirmada dois dias depois.
Ao Fantástico, programa da TV Globo, a amiga que estava com Thalita, Gabriela Andrade, contou mais detalhes sobre o ocorrido. Pouco antes do acidente, elas gravavam vídeos aproveitando o eio. “Super feliz, estava numa paz indescritível, sabe? E aí eu avistei dois carros e duas charretes vindo na nossa direção. Em alta velocidade, eles estavam correndo mesmo" contou Gabriela.
"Olhei para ela e falei: 'Tha, cuidado com o carro.' Minha preocupação era o carro pegar a gente, né? Aí eu desviei pro lado direito e ela desviou para o lado esquerdo. Ela desviou para o lado do mar. Aí eu só escutei um barulho e quando olhei já tava caída," complementou a amiga de Thalita.
Inicialmente, o caso foi registrado como lesão corporal na Delegacia Seccional de Itanhaém. No entanto, após a confirmação da morte de Thalita, a Polícia Civil instaurou um inquérito pelo crime de homicídio, confirmou ao Terra o delegado Arilson Veras Brandão, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade.
"Nós instauramos um inquérito pelo crime de homicídio, cometido a título de dolo eventual. Diligências estão em andamento para esclarecer por completo o caso", destacou o delegado.
O dolo eventual, reconhecido pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), diz respeito ao ato ilícito em que o autor não deseja diretamente o resultado danoso, mas prevê a possibilidade de ocorrência e decide agir, assumindo o risco de produzi-lo.
Seu marido, Valdomiro Pereira dos Anjos, revelou que a mulher o deixou uma carta antes de morrer, que deveria ser aberta apenas em junho, quando o casal sairia de férias. “O mundo pode ser sombrio, incerto e até cruel, só que realmente importa é que vamos enfrentá-lo juntos. O que quer que o futuro nos traga, você sempre vai ser minha luz”, escreveu Thalita, em um dos trechos da carta.
“Ela escreveu isso pra mim! Tenho certeza de que ela está feliz lá em cima e ela quer nossa felicidade aqui embaixo... porque ela era vida!", disse Valdomiro, ao programa.
