Novo Hyundai Kona oferece conforto e segurança por pouco mais que o Corolla Cross 5s2d1l
Segunda geração do SUV ficou maior e aposta no visual ousado como uma das suas armas 9731x
Se antes era nicho, o mercado de SUVs híbridos ampliou sua oferta graças a novos modelos chineses e, é claro, ao Toyota Corolla Cross 2026. Para concorrer de maneira competitiva, a Hyundai lançou no Brasil o novo Kona Hybrid. O modelo tem qualidades fortes, tais como estilo ousado e bom pacote de equipamentos, mas será que é o suficiente? 3u4r3p
O SUV chega em duas versões: Ultimate (R$ 214.990) e Signature (R$ 234.990), que ficam no meio termo de preço em relação ao Toyota Corolla Cross Hybrid XRX (R$ 219.890) e GWM Haval H6 HEV2 (R$ 220 mil).
Ambas são híbridas paralelas, ou seja, não precisam ser recarregadas na tomada como os híbridos plug-in. Equipado com propulsor 1.6 aspirado, o Kona tem um motor elétrico para, juntos, gerar 141 cv e 27 kgfm. Individualmente, o quatro cilindros aspirado gera 105 cv e 15 kgfm, enquanto o elétrico entrega 43,5 cv e 17,3 kgfm. Como em outros modelos do tipo, os números de rendimento não são uma soma exata. O câmbio é um automatizado de seis marchas e dupla embreagem a seco.
O que mudou? 5x4v1r
O estilo ousado do Kona é bem diferente do apresentado pelo nacional Creta. Importado da Coreia do Sul, o modelo ostenta dianteira ousada. Na versão Ultimate - a testada pelo Jornal do Carro -, a faixa de LEDs de rodagem diurna acende de ponta a ponta, enquanto no Ultimate apenas as extremidades são iluminadas. A marca chama o estilo de "shark nose", nariz de tubarão, uma inspiração que parece mais clara na cor cinza. A grade tipo bocão tem elementos triangulares e parte dela pode fechar se a refrigeração extra não for necessária, especialmente no modo elétrico de funcionamento. Os farois e luzes de posição de LEDs ficam envoltos pelas molduras plásticas dos para-lamas.
Algumas características típicas da Hyundai reforçam o estilo, entre elas, a presença de vincos por toda a parte. Se o capô é liso e minimalista, as laterais têm sulcos profundos. O mais marcante parte da porção inferior e vai até a terceira janela. Os frisos das janelas são ascendentes e se integram visualmente ao spoiler traseiro. Já a traseira também tem lanternas em filete único. Ficou mais ousado que o anterior e a a sensação inconfundível de ser um Hyundai. As rodas de 18 polegadas são diamantadas e complementam o design audacioso.
Da mesma maneira que o estilo, as dimensões também mudaram. Se o Kona anterior - trazido pela Hyundai CAOA no ado - tinha jeito de hatch, o novo tem dimensões mais compatíveis com as de um SUV compacto, embora concorra diretamente com dois modelos médios.
São 4,35 metros (11 cm a mais) e 2,66 m de distância entre-eixos (6 cm extras). Como parâmetro de comparação, o Corolla Cross tem 4,46 m e 2,64 m e o Haval H6 HEV2 toca nos 4,68 m e 2,73 m, ou seja, se enquadram no segmento dos SUVs médios. O porta-malas também foi ampliado e leva 407 litros (33 litros acima), ainda pouco diante dos 440 l do Toyota e dos 560 l do GWM.
Por outro lado, o espaço interno é suficiente para levar quatro adultos de cerca de 1,80 m com alguma folga. Um eventual ageiro central traseiro será beneficiado pelo túnel menos elevado do que a média. Há saída de ar traseira e duas entradas USB, então a vida de quem vai atrás não será difícil.
O Kona Hybrid tem um ótimo pacote de equipamentos. São de série ar-condicionado de duas zonas de ajuste, bancos com revestimento , carregador de smartphone por indução, conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay, banco do motorista ajustável eletricamente em seis posições e lombar, sensor de chuva, chave presencial, retrovisores com rebatimento elétrico, retrovisor eletrocrômico, volante multifuncional com ajuste de altura e profundidade, reconhecimento de voz, rack de teto e rodas aro 18 diamantadas. Em segurança, traz seis airbags (frontais, além dos laterais dianteiros e do tipo cortina), assistente de partida em rampa, sistema de saída segura (avisa quando está vindo algum carro na hora de abrir a porta) e controle de estabilidade.
Somado a isso, há um extenso pacote de auxílios à direção. Há limitador de velocidade, assistente de permanência em faixa com correção, controle de cruzeiro adaptativo "stop & go" (acompanha o trânsito sem necessidade de frear e voltar a acelerar em paradas), frenagem autônoma de emergência, aviso de ponto cego com câmera e assistente de tráfego traseiro.
O Signature soma teto solar elétrico, farois de LED com projetores, faixa frontal de LED iluminada integralmente, bancos revestidos de couro natural, luzes ambientes internas configuráveis, tampa do porta-malas com acionamento elétrico e pacote de segurança que adiciona câmera 360 graus e projeta no imagens para orientar mudanças de faixa, além de assistente de prevenção de colisão traseira de estacionamento.
Impressões ao dirigir 1o4w6b
Ao começar o teste, o Kona mostrou a suavidade da operação inteiramente elétrica, um modo que não funciona por muitos quilômetros, mas que é capaz de seguir o trânsito por algum tempo. Uma acelerada mais forte despertará o 1.6 aspirado, no entanto, o equilíbrio da gestão híbrida é acertado. Na prática, o Hyundai parece mais rápido do que é, dado que a marca divulga a aceleração de 0 a 100 km/h em 11,2 segundos. O elevado torque é um dos responsáveis por essa impressão, da mesma maneira que o câmbio.
A velocidade máxima muda de acordo com o modo, chegando a 155 km/h no Eco e 165 km/h no Sport - ainda há a opção neve, no caso, voltada a pisos de baixa aderência. O Haval H6, contudo, tem 243 cv e 54 kgfm de torque, o que o torna o rival mais ligeiro.
As borboletas atrás do volante servem a dois propósitos. Na opção Eco, são usadas para regular os três níveis de intensidade da frenagem regenerativa, o que muda no Sport, quando am a servir para mudanças sequenciais. A transmissão de dupla embreagem a seco não apresentou ruídos rodando sobre superfícies deterioradas e demonstrou agilidade.
Durante o teste, o Kona fez 19 km/l entre os circuitos urbano e rodoviário, até mais do que os 18,4 km/l na cidade e 16 km/l na estrada divulgados pelo Inmetro. Mesmo com 38 litros, o tanque é suficiente para rodar até 722 km com o consumo que obtivemos.
Em curvas e mudanças de trajetória, o SUV mostra que é bem ajustado. As suspensões investem no esquema Mherson na dianteira e multilink na traseira. Podem ser um pouco durinhas ao ar por obstáculos, mas entregam estabilidade na hora de encarar trechos mais sinuosos, no que ajudam os pneus 215/55 R18.
As frenagens são auxiliadas pelo pedal bem ajustado e também pelos discos ventilados dianteiros e sólidos traseiros. Ao usar um nível de regeneração elevado, o SUV quase que exige somente o pedal do acelerador. Quando a bateria chega aos 30%, o propulsor 1.6 entra em ação, sendo desligado depois de atingir 50% de carga.
Todos os sistemas de auxílio funcionam bem integrados. Os sensores de ponto cego tem longo alcance e é ótimo poder ver no o que está atrás com o uso das câmeras. O assistente de correção de faixas também entra em ação prontamente.
A conclusão é que o Hyundai pode ser menor do que seus concorrentes diretos, mas não deixa de ter boas chances no seu segmento, o que deve se refletir em vendas maiores do que as do seu antecessor.
FICHA TÉCNICA v3i4n
Hyundai Kona Hybrid Signature 254p29
- Preço sugerido: R$ 234.990
- Motor: 1.6, 4cil., 16V, aspirado, gasolina
- Potência: 105 cv a 5.700 rpm
- Torque: 15 kgfm a 4.000 rpm
- Motor elétrico: 43,5 cv e 17,3 kgfm
- Potência total combinada: 141 cv
- Torque total combinado: 27 kgfm
- Câmbio: Automático de seis marchas
- Comprimento: 4,35 metros
- Largura: 1,82 m
- Altura: 1,58 m
- Entre-eixos: 2,66 m
- Porta-malas: 407 litros
- Tanque: 38 litros
Prós e contras 3i485q
Prós
Bom pacote de itens
O Kona vem recheado com uma série de equipamentos de auxílio à condução, pacote que inclui câmeras que exibem imagens no nas manobras.
Contras
O nível de desempenho do conjunto poderia ser melhor, o que fica mais claro ao analisar concorrentes como o maior e mais potente GWM Haval H6 HEV2.
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