Vice-Presidente da FIA renuncia e Ben Sulayem é pressionado 4q1h32
Em mais uma baixa na FIA, Robert Reid, Vice-Presidente Desportivo, renuncia a seu posto questionando as ações de Ben Sulayem 5h2643
A quinta-feira começou quente em termos de política da FIA: Robert Reid, Vice-Presidente de Esportes da entidade apresentou sua renúncia ao posto. É mais um nome que se afasta da gestão Mohammed Bin Sulayem. 95371
Esta saída tem um peso diferente das anteriores: Reid, ex-co piloto de Rali e campeão mundial em 2001, era basicamente o número 2 na estrutura da FIA e ocupava um posto muito importante, pois trata da parte esportiva da entidade, que acaba por ter a maior exposição perante ao grande público.
Em seu comunicado, Reid alegou que aceitou o cargo esperando “trazer maior transparência, governança fortalecida e liderança colaborativa”. Porém, a seu ver, estes princípios foram gradativamente sendo deixados de lado e se sentiu incomodado.
Talvez o seu limite tenha sido a proibição de participar de um dos últimos encontros do Conselho Mundial Desportivo, do qual é um dos membros, por ter se recursado a Termo de Confidencialidade. Ao menos, esta foi a versão que chegou até à imprensa.
É mais uma baixa na FIA e pode se notar uma espécie de padrão de discurso quando da saída: falta de transparência nas ações e a dificuldade de atuação.
Este ano, temos eleições na FIA e não é de hoje que Ben Sulayem vendo sendo questionado. Entretanto, o emiradense aparentemente tem a seu lado boa parte do Colégio Eleitoral (cerca de 245 entidades, entre clubes e federações). E até agora não há uma oposição estruturada para a eleição. Até o momento, o nome de maior peso que se desenha neste campo é o de David Richards, dono da Prodrive e atual Presidente da Federação Britânica (e mais um nome desiludido com Ben Sulayem). Porém, há o fator idade neste campo (os estatutos da FIA limitam).
É importante lembrar que, nesta eleição não tomam parte pilotos, categorias, montadoras e principalmente o respeitável público. Pressões podem ser feitas, mas é o Colégio Eleitoral em última instância quem define o destino da FIA. Do lado istrativo, Ben Sulayem tem trunfos na mão que o fazem favorito para mais um mandato de quatro anos. Entretanto, é preciso ver se a maré pode virar, inclusive dentro do seu grupo de apoio...