F1: McLaren mostra o tamanho do seu domínio em Barcelona 2y2662
Mesmo com as asas mais fiscalizadas, McLaren vence GP da Espanha e acende sinal de atenção de condição de desgarrar do pelotão 4u534o
Barcelona prometia trazer uma reorganização de forças na F1 2025. Desde o início do ano, quando a FIA anunciou que o GP da Espanha marcaria um reforço na fiscalização das asas dianteiras em relação a flexibilidade, havia o receio de que poderia haver dois campeonatos distintos: antes e depois da Espanha. Esta preocupação foi geral, inclusive deste espaço em diversas oportunidades. 3r3o6w
Entretanto, veio o GP´da Espanha e a FIA mais restritiva. No fim, não aconteceu nada.
Como é usual, os técnicos fizeram o trabalho de adaptar as asas e seguir adiante, driblando mais uma vez a FIA. Talvez quem tenha resumido bem a questão foi Lewis Hamilton ao fim da classificação de sábado: se gastou dinheiro e tempo para desenvolver e construir novas peças e não adiantou de nada. Embora normalmente esta seja uma das principais janelas da temporada para atualizações.
Mas antes de dizer que esta etapa não tenha servido para mudar a relação de forças na F1, deu um aviso firme: a McLaren está na frente.
Barcelona pode não ser sede de corridas espetaculares, mas é uma das favoritas das equipes para validar a qualidade de seus projetos. A variação de curvas permite que técnicos percebem a efetividade aerodinâmica e mecânica. Mesmo sem a realização dos testes de pré-temporada nos últimos anos, seja o lugar onde tenham mais dados para comparação. E se tornou a atualização de uma certeza que a F1 tinha no ado com Brands Hatch: se um carro andar bem em Barcelona, será bom para a temporada.
Ao longo do fim de semana, o MCL39 comprovou ser o carro a ser batido. E quando teve que forçar o ritmo para se defender da ousada estrategia da Red Bull que partia para três paradas com Max Verstappen, mostrou que tinha de onde tirar.
A McLaren deu seu tiro de advertência sobre de onde tirar desempenho começou na sexta-feira, quando declarou nao ter trazido qualquer atualização para o GP da Espanha. Seus concorrentes trouxeram peças não somente para adaptar às novas verificações da FIA, mas para a performance em si. E nas simulações, tanto de classificação como de corrida, os papayas estavam na frente.
Já falamos aqui que a McLaren vem numa construção técnica interessante não é de hoje. Mas o MCL39 foi o primeiro que efetivamente Rob Marshall, ex-Renault e Red Bull, teve participação desde o início. Tanto que se reconhece que o que chama a atenção no MCL39 nem é a parte externa, mas é o que não aparece. Muitos dizem que a McLaren conseguiu achar uma solução interessante em relação aos freios, cujo material ajudaria na gestão de pneus. Red Bull questionou, mas nada foi encontrado neste ponto pela FIA.
Ainda há espaço para que a concorrência possa se aproximar: a Red Bull vem trazendo modificações a cada prova e conseguiu melhorar muito o RB21 desde o início do ano, embora ainda haja problemas em gestão de pneus; a Mercedes vem se aproveitando principalmente em classificação, mas perdendo em corrida (falamos nisso aqui); enquanto a Ferrari tem um carro que tem uma janela de funcionamento estreita e a promessa é que a nova suspensão traseira possa ajudar a resolver a questão da altura, destravando o desempenho que os italianos dizem que o SF25 tem desde a sua apresentação.
Entretanto, a duvida que persiste desde o ano ado: a McLaren está pronta para voltar a ser uma equipe vencedora? A evolução é gritante nos ultimos anos, mas, mesmo com o campeonato de Construtores em 2024, ainda há duvidas se o espírito matador está efetivo. Mesmo com Zak Brown dizendo que não se importaria em perder o título para Verstappen caso isso não impactasse em um possível título entre as equipes, Oscar Piastri vai cada vez se confirmando como o principal piloto do time e inicia o processo de construção efetiva de um título.
Cabe o triunfo técnico se traduzir em estratégico para que a McLaren consiga o triunfo duplo (pilotos e construtores) em 2025. A ver.