Dublê processa Kevin Costner por cena de estupro supostamente improvisada em Horizon 2 4l5d3g
'Fiquei exposta, desprotegida e profundamente traída por um sistema que prometia segurança e profissionalismo', afirmou Devyn LaBella 105n68
Uma dublê processou Kevin Costner e produtores responsáveis por Horizon: An American Saga - Chapter 2 devido a uma suposta cena de estupro não roteirizada. Na ação judicial, Devyn LaBella acusa a produção de não avisar nem pedir seu consentimento para a gravação, além de não ter incluído um coordenador de intimidade obrigatório durante a cena. As informações são da Rolling Stone. 5h1n4r
LaBella está processando as produtoras e Costner por discriminação sexual, assédio e criação de um ambiente de trabalho hostil. Ela também alega que sofreu retaliação após denunciar o incidente, afirmando que não foi chamada para continuar trabalhando na série de filmes, nem pelo coordenador de dublês que a havia contratado anteriormente.
"Naquele dia, fui deixada exposta, desprotegida e profundamente traída por um sistema que prometia segurança e profissionalismo", disse LaBella ao The Hollywood Reporter, que divulgou a notícia hoje. "O que aconteceu comigo destruiu minha confiança e mudou para sempre a forma como atuo nesta indústria."
Marty Singer, advogado de Costner, disse à Rolling Stone que o processo "não tem absolutamente nenhum mérito" e é "completamente contradito pelas próprias ações [de LaBella] — e pelos fatos".
"[Costner] sempre quer garantir que todos se sintam confortáveis trabalhando em seus filmes e leva a segurança no set muito a sério", disse Singer, incluindo uma suposta captura de tela de uma mensagem de texto em que LaBella agradece ao coordenador de dublês por suas "semanas maravilhosas" no set.
Conforme a ação, LaBella foi contratada para Horizon 2 como dublê da atriz Ella Hunt no filme. O processo afirma que Hunt negociou a presença obrigatória de um coordenador de intimidade para todas as cenas de nudez ou intimidade. (O sindicato SAG-AFTRA também exige que cenas íntimas sigam regulamentações que incluem consentimento e set fechado.)
LaBella afirma que tudo correu bem durante uma cena de estupro roteirizada, que foi detalhada e ensaiada com o coordenador de intimidade e o coordenador de dublês. No entanto, no dia seguinte, em 2 de maio de 2023, a ação alega que essas regras não foram seguidas quando Costner pediu que LaBella substituísse Hunt em uma cena não planejada de violência sexual envolvendo outro personagem, interpretado por Roger Ivens. (Hunt teria se recusado a realizar a cena.)
"Sr. Ivens levantou violentamente a saia da Sra. LaBella, como se tentasse penetrá-la contra sua vontade", afirma o processo, alegando que a cena não foi ensaiada, não havia coordenador de intimidade presente e as ações eram visíveis para a equipe.
O advogado de Costner contestou a acusação. "Como dublê em Horizon 2, a cena em questão foi explicada à Sra. LaBella e, após ela realizar o ensaio no personagem com outro ator, ela fez um sinal de 'positivo' para seu supervisor, o coordenador de dublês, indicando sua disposição para então gravar a cena, se necessário (o que não ocorreu)", escreveu Singer.
Na ação, LaBella afirma que ficou "aterrorizada" após a experiência e manifestou preocupação aos coordenadores de dublês e ao coordenador de intimidade do filme. Ela também alegou que sua carreira sofreu uma "interrupção abrupta" após a situação, fazendo-a se sentir "inútil". No entanto, Singer afirmou que "ela estava de bom humor e não fez nenhuma reclamação" aos coordenadores de dublês envolvidos no filme, inclusive durante um jantar na noite do suposto incidente.
LaBella e seus advogados pedem que um júri decida se são cabíveis danos punitivos. Segundo a queixa, o processo busca não apenas uma compensação, mas também "abordar as falhas contínuas nos mais altos níveis das produtoras de Hollywood em compreender e lidar com os impactos de atuar em cenas sexualmente explícitas e violentas, bem como a necessidade de coordenação de intimidade".
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