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Nina da Hora hackeia o racismo e transforma a computação d5n

Cria de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, cientista quebra os estereótipos das redes sociais e pretende abrir livraria antirracista 6h29x

16 mar 2022 - 05h00
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Nina participou da Campus Mobile promovida pela USP em 2018
Nina participou da Campus Mobile promovida pela USP em 2018
Foto: Reprodução/Instagram

Ainda criança, Ana Carolina da Hora pulava da cama aos sábados de manhã, por volta das 7h, para assistir programas sobre ciência, computação e a vida universitária na TV aberta. Curiosa e empolgada, Nina, como gosta de ser chamada, desvendava o que tinha por trás dos botões e peças de rádio e outros aparelhos eletrônicos que desmontava em casa. 5u5a4g

“Eu falava para a minha mãe que ia consertar e na verdade estragava tudo. Mas o meu interesse era saber o que tinha dentro. Porque [brinquedo] era muito caro. Fui brincar com Lego quando eu fui dar aula de programação, com 20 anos”, relembra, contando como aproveitava o tempo fora da escola. 

A menina criada em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, não esperava alcançar a carreira que tanto almejava antes mesmo dos 30 anos, pouco tempo depois de terminar sua graduação em Computação na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Cercada por mulheres que sempre a incentivaram, Nina hackeou o sistema e quebrou barreiras com muito estudo e dedicação para se tornar cientista. “Tentar vencer a vida com os estudos se tornou muito difícil com o TikTok, mas eu estou tentando”, brinca.

Hoje, aos 26 anos, não só integra o Conselho de Segurança da rede social chinesa como também é pesquisadora bolsista do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e coordenadora de tecnologia da Redes da Maré. Nina virou referência em segurança digital por combater o racismo algorítmico e é convidada para diferentes congressos e eventos nacionais que antes sonhava em participar.

Segundo ela, hackear ganha novo significado quando se trata de mostrar que a tecnologia pode ser aliada na luta antirracista. “Ser hacker é um comportamento, é um modo de viver. Não é muito ligado à ferramenta que você usa, o que você está programando. Eu acho que, de fato, a minha família sabe ser hacker. É um conjunto de coisas que me incentivaram a correr atrás e a estar nessa área, principalmente essa resiliência de correr atrás do que elas queriam”, pontua sobre o papel da mãe, da avó e das tias na sua vida.

Antirracismo na prática

Nina juntou seu gosto pela tecnologia com a necessidade de se inserir nesse contexto enquanto mulher negra. “Nós, mulheres, precisamos sempre provar que podemos estar nessas áreas mais técnicas. Uma coisa que prestei atenção no início são as perguntas como ‘você tem certeza do que está falando">Nina também atua em outras frentes, sendo membro da Comissão de Transparência das Eleições no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), e escreve sobre a relação entre tecnologia e sociedade para o Canal Futura e no portal do MIT Technology Review Brasil, publicação da prestigiada universidade norte-americana Massachusetts Institute of Technology.

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