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Recusa alimentar infantil: entenda causas, fases e influência dos pais 6yp20

A alimentação é um processo que envolve dimensões sociais, emocionais e físicas 4e693b

3 jun 2025 - 19h54
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A recusa alimentar está entre os principais motivos que levam pais aos consultórios pediátricos. De acordo com a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), o tratamento desse comportamento exige uma avaliação ampla, que vá além da nutrição, envolvendo também o histórico médico e o ambiente familiar da criança. 132r6e

Foto: Freepik / Porto Alegre 24 horas

Segundo o pediatra Silvio Baptista, cerca de 25% das queixas de que a criança "não come" refletem, de fato, alguma dificuldade alimentar. Nos demais casos, trata-se de uma percepção equivocada dos responsáveis, que esperam que os filhos consumam quantidades ou alimentos específicos. Essa recusa pode ser normal em fases de desenvolvimento ou durante doenças leves e ageiras.

Diagnóstico começa com escuta atenta

Para identificar a real origem da recusa, o médico enfatiza a importância de uma anamnese completa. Isso inclui informações sobre a gestação, o período de amamentação, como se deu a introdução alimentar, e detalhes da rotina atual: o que a criança consome, quem prepara os alimentos, se há restrições alimentares na família e qual é o padrão de crescimento da criança em relação à média populacional e familiar.

Após essa etapa, realiza-se o exame físico detalhado em busca de sinais clínicos que possam indicar deficiências nutricionais ou outras condições relevantes.

A importância dos nutrientes na infância

A alimentação é um processo que envolve dimensões sociais, emocionais e físicas. Uma dieta balanceada deve oferecer macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) e micronutrientes (vitaminas e minerais), ambos essenciais para o crescimento e desenvolvimento saudável.

Carências nutricionais, como de ferro, cálcio, vitaminas do complexo B e vitamina D, podem causar sintomas como infecções frequentes, alterações na pele, queda de cabelo, e até perda de apetite. Contudo, o uso indiscriminado de suplementos sem avaliação médica pode ser prejudicial, sobrecarregando órgãos como os rins ou levando à toxicidade.

Neofobia e seletividade: fases comuns do desenvolvimento

Entre 1 ano e meio e 2 anos de idade, muitas crianças atravessam uma fase conhecida como neofobia alimentar — um medo ou rejeição de novos sabores e texturas. Essa etapa coincide com uma desaceleração natural do crescimento, o que reduz a demanda alimentar.

Além disso, algumas crianças apresentam seletividade por gosto ou aspecto dos alimentos. Rejeitar vegetais ou preferir comidas específicas não é, por si só, preocupante. No entanto, seletividade extrema, acompanhada de sensibilidade a estímulos como toque e sons, pode indicar questões de desenvolvimento ou transtornos sensoriais, exigindo avaliação mais aprofundada.

Casos mais complexos, como a fobia alimentar, demandam acompanhamento especializado e atuação de uma equipe multidisciplinar.

O papel dos pais na construção do hábito alimentar

O estilo parental tem grande influência sobre como a criança se relaciona com a comida:

  • Pais responsivos: respeitam os sinais de fome e saciedade, promovendo um ambiente alimentar saudável.

  • Pais controladores: forçam o consumo ou utilizam pressão, o que pode gerar resistência ou ansiedade em relação à alimentação.

  • Pais ansiosos: insistem que a criança coma a qualquer custo, muitas vezes fora do ambiente apropriado, como em frente à TV ou no quarto.

  • Pais negligentes: não estabelecem rotinas nem oferecem orientação, o que favorece hábitos alimentares desorganizados.

A compreensão do perfil familiar e da interação entre cuidadores e crianças é fundamental para o diagnóstico e o manejo adequado das dificuldades alimentares, que sempre deve ser individualizado — sem soluções "tamanho único".

*Com a informação SPRS

Porto Alegre 24 horas
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