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População de pinguins-imperadores da Antártica diminui 22% em 15 anos devido ao aquecimento global 5w397

A população de pinguins-imperadores na Antártica diminuiu quase um quarto devido às transformações causadas em seu habitat pelo aquecimento global. O recuo do gelo marinho está causando um declínio populacional "mais rápido do que o esperado", com muitas colônias tendo perdido mais de 20% de seus membros em 15 anos, alertou um importante estudo britânico, publicado nesta terça-feira (10). 461j7

10 jun 2025 - 10h23
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A população de pinguins-imperadores na Antártica diminuiu quase um quarto devido às transformações causadas em seu habitat pelo aquecimento global. O recuo do gelo marinho está causando um declínio populacional "mais rápido do que o esperado", com muitas colônias tendo perdido mais de 20% de seus membros em 15 anos, alertou um importante estudo britânico, publicado nesta terça-feira (10).  251r5v

População de pinguins-imperadores está diminuindo na Antártica, segundo estudo britânico. Imagem ilustrativa. Pinguins são vistos em 1º de janeiro de 2010 na Península Antártica. As populações de pinguins-imperadores na Antártida diminuíram em quase um quarto, à medida que o aquecimento global transforma seu habitat gelado, de acordo com uma nova pesquisa publicada em 10 de junho de 2025, que alertou que as perdas foram muito piores do que os pesquisadores imaginavam. (Foto de SARAH DAWALIBI / AFP)
População de pinguins-imperadores está diminuindo na Antártica, segundo estudo britânico. Imagem ilustrativa. Pinguins são vistos em 1º de janeiro de 2010 na Península Antártica. As populações de pinguins-imperadores na Antártida diminuíram em quase um quarto, à medida que o aquecimento global transforma seu habitat gelado, de acordo com uma nova pesquisa publicada em 10 de junho de 2025, que alertou que as perdas foram muito piores do que os pesquisadores imaginavam. (Foto de SARAH DAWALIBI / AFP)
Foto: AFP - SARAH DAWALIBI / RFI

Esse rápido declínio foi observado por satélite em dezesseis colônias localizadas na Península Antártica, no Mar de Weddell e no Mar de Bellingshausen, que representam um terço da população da maior espécie de pinguim do mundo, relata o estudo do British Antarctic Survey, publicado na revista Nature Communications: Earth & Environment.

Os cientistas alertaram que a queda é de 22% nos últimos 15 anos (até 2024). "Esta é uma ilustração muito deprimente das mudanças climáticas e de um declínio populacional que está acontecendo mais rápido do que o esperado, mas ainda não é tarde demais", disse Peter Fretwell, pesquisador do observatório britânico que liderou o projeto. As conclusões dessas novas observações são "provavelmente cerca de 50% piores" do que as estimativas mais pessimistas feitas com modelos computacionais, acrescentou.

A principal causa desse declínio é o aquecimento global, que está afinando o gelo sob as patas dos pinguins em suas áreas de reprodução.

Nos últimos anos, algumas colônias perderam seus filhotes por afogamento ou congelamento, quando o gelo cedeu sob seus pés antes que estivessem prontos para enfrentar o oceano gelado.

O estudo sugere que o número de pinguins vem diminuindo desde o início do monitoramento preciso por satélite, em 2009, antes que o aquecimento global reduzisse a reposição anual do gelo marinho, explica Peter Fretwell. As mudanças climáticas continuam sendo o principal fator para o declínio, disse ele, levando a outras ameaças aos pinguins, como chuvas mais intensas e a crescente intrusão de predadores, como orcas e focas.

"Não há pesca, nem destruição de seu habitat, nem poluição que esteja causando o declínio de suas populações. É simplesmente a temperatura do gelo sobre o qual eles se reproduzem e vivem, e isso é realmente a mudança climática", disse o pesquisador à AFP.

De acordo com um estudo de 2020, os pinguins-imperadores, cujo nome científico é Aptenodytes forsteri, somam cerca de 250.000 casais reprodutores, todos na Antártida. Eles não pertencem à mesma família dos pinguins menores e incapazes de voar do Hemisfério Norte.

Macho choca o ovo 3e6745

O ovo do pinguim-imperador é chocado pelo macho durante o inverno, enquanto a fêmea vai pescar por dois meses antes de retornar para alimentar os filhotes por regurgitação.

Para sobreviver por conta própria, os filhotes precisam desenvolver penas impermeáveis, um processo que geralmente começa em meados de dezembro, durante o verão austral.

Modelos computacionais já previam que a espécie estaria próxima da extinção até o final do século se a humanidade não reduzir suas emissões de gases de efeito estufa.

No entanto, à luz das últimas descobertas preocupantes, "talvez precisemos repensar esses modelos", diz Fretwell, e há uma necessidade crescente de estudar o restante da população. "Provavelmente perderemos muitos pinguins-imperadores, mas (...) se reduzirmos nossas emissões de gases de efeito estufa, salvaremos a espécie", conclui o cientista.

(Com AFP)

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