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Mafioso autor de dezenas de mortes na Itália é libertado 222547

Giovanni Brusca participou de atentado contra Giovanni Falcone 4n4o40

5 jun 2025 - 11h46
(atualizado às 12h28)
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Giovanni Brusca, mafioso italiano que participou do atentado contra o juiz Giovanni Falcone em maio de 1992, está livre novamente. a17e

Giovanni Brusca no momento de sua prisão, em maio de 1996
Giovanni Brusca no momento de sua prisão, em maio de 1996
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Ele cumpriu pena de 25 anos de prisão e, após quatro anos de liberdade condicional, não tem mais pendências com a Justiça, o que provocou indignação na Itália.

Ex-chefe da Cosa Nostra em San Giuseppe Jato, na Sicília, Brusca acionou o telecomando que deflagrou a explosão responsável pelas mortes de Falcone, da esposa do juiz antimáfia, sca Morvillo, e de três agentes de sua escolta: Vito Schifani, Rocco Dicillo e Antonio Montinaro.

Ele é autor de dezenas de homicídios, incluindo o de Giuseppe Di Matteo, menino dissolvido em ácido pela máfia em 1996, ano em que foi preso. Após uma delação inicial falsa, Brusca decidiu colaborar com a Justiça e escapou da pena perpétua.

O antigo mafioso vive hoje longe da Sicília, sob uma identidade falsa e um programa de proteção para delatores. "Sei que foi aplicada a lei, mas estou muito amargurada. Acredito que isso não seja justiça nem para os familiares [das vítimas], nem para as pessoas de bem", afirmou Tina Montinaro, viúva de Antonio Montinaro, chefe da escolta de Falcone no dia do atentado.

Já Giuseppe Costanza, ex-motorista do juiz e sobrevivente da explosão, disse que Brusca "nunca deveria ter saído da prisão".

"Viva a Itália, vamos festejar a libertação", ironizou. Maria Falcone, irmã de Giovanni Falcone, também relatou a "dor e profunda amargura" pela soltura, mas lembrou que a lei sobre colaboradores da Justiça foi desejada pelo próprio juiz, que a considerava indispensável para combater as máfias.

"Brusca se beneficiou dessa normativa e teve um impacto significativo na luta contra a Cosa Nostra", salientou Maria. Por outro lado, ela destacou que a delação não foi "plenamente exaustiva", sobretudo no que diz respeito aos bens do mafioso, muitos dos quais ainda não foram rastreados.

Ansa - Brasil
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