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Israel diz que impedirá chegada a Gaza de barco com Greta Thunberg 465p1r

8 jun 2025 - 11h46
(atualizado às 13h46)
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Ministro israelense instrui militares a bloquearem agem de veleiro de ajuda com ativistas a bordo. "À antissemita Greta e seus amigos, digo: regressem, pois não chegarão a Gaza", diz chefe da pasta da Defesa do país.O governo de Israel ordenou neste domingo (08/06) que os militares do país impeçam que um barco de ajuda humanitária que se encontra a caminho de Gaza alcance a costa do enclave palestino, alvo de um bloqueio naval. 5h4m3q

A ativista Greta Thunberg a bordo do Madleen em registro feito no último domingo
A ativista Greta Thunberg a bordo do Madleen em registro feito no último domingo
Foto: DW / Deutsche Welle

A ordem foi dada pelo ministro da Defesa israelense, Israel Katz. Ele ainda advertiu a tripulação do veleiro Madleen, o navio da chamada "Flotilha da Liberdade", para que regresse. No barco, que partiu da Sicília no último fim de semana, estão 12 ativistas, entre eles a sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila.

"Ordenei às FDI [Forças de Defesa de Israel] que atuem para impedir que o veleiro Madleen chegue a Gaza. À antissemita Greta e seus amigos, digo claramente: regressem, pois não chegarão a Gaza", disse Katz, em declarações divulgadas pelo seu gabinete.

Katz acrescentou que Israel não permitirá que ninguém rompa o bloqueio naval ao território palestino, que, segundo alega, visa impedir o Hamas de importar armas.

Segundo os ativistas a bordo do Madleen, a embarcação está transportando fórmula infantil, alimentos, fraldas, produtos de higiene para mulheres, kits de dessalinização, suprimentos médicos e próteses infantis.

Israel vem impondo um bloqueio à atuação de organizações de ajuda humanitária em Gaza, onde vivem cerca de 2 milhões de pessoas, desde o início de março. Recentemente, os israelenses aram a permitir apenas a atuação de uma obscura organização sem experiência para distribuir alimentos no enclave.

Chamada de Fundação Humanitária de Gaza (GHF), ela tem sido criticada por desorganização na distribuição e vem sendo acusada por especialistas da aréa de ser uma organização de fachada que tem como objetivo forçar a evacuação de palestinos de vastas áreas do enclave.

Aproximação de Gaza

O veleiro Madleen chegou no domingo à costa do Egito e prosseguiu viagem com destino à Faixa de Gaza, indicaram os organizadores da campanha em comunicado.

A embarcação, com bandeira britânica, partiu com destino a Gaza, segundo os organizadores, com o objetivo de "entregar ajuda humanitária, romper o bloqueio israelense e dar visibilidade ao sofrimento contínuo no enclave palestino".

"Navegamos ao largo da costa egípcia. Está tudo bem", afirmou a ativista alemã de direitos humanos Yasemin Akar, que explicou que o navio já partiu de Alexandria e que se espera que chegue ao enclave palestino ao entardecer deste domingo.

"Estamos a pouca distância das águas territoriais de Gaza", declarou Akar num comunicado, alertando que os ativistas estavam sendo seguidos por drones de vigilância israelenses.

Antes das ordens de Katz, a ativista alemã já havia mencionado a possibilidade de uma possível ação dos israelenses.

"Se Israel nos atacar, será mais um crime de guerra. Não embarcamos nesta missão se não acreditássemos que chegaríamos a Gaza", disse Akar.

Já o Comitê Internacional para Romper o Cerco a Gaza, com sede em Londres, declarou que "a aproximação do 'Madleen' à costa de Gaza representa um desafio corajoso às políticas injustas que cercam os civis e uma mensagem de solidariedade dos povos do mundo livre para com o nosso povo em Gaza".

A eurodeputada Rima Hassan, que também se encontra a bordo do veleiro, apelou à comunidade internacional para que garanta uma agem segura da embarcação.

A Flotilha da Liberdade, formada em 2010, é um movimento internacional de solidariedade com o povo palestino que se opõe ativamente ao bloqueio israelense à Faixa de Gaza.

O conflito entre palestinos e israelenses voltou a se intensificar após Israel romper em março um cessar-fogo e lançar novas operações militares na Faixa de Gaza. A guerra atual no enclave eclodiu em 7 de outubro de 2023, quando o grupo Hamas, que controlava Gaza, lançou uma ofensiva terrorista contra Israel, matando 1.200 pessoas e sequestrando mais de 250.

Em mais de um ano e meio de conflito, o número total de mortos na Faixa de Gaza desde o início da contraofensiva israelense em outubro de 2023 já a de 57 mil, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo Hamas.

jps (DW, Lusa)

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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