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Foto de imigrantes afogados mostra fracasso em lidar com desespero, diz Acnur 3e3b4p

26 jun 2019 - 11h58
(atualizado às 12h50)
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A foto de um homem e a filha afogados na beira de um rio na fronteira dos Estados Unidos com o México simboliza a incapacidade de se lidar com o desespero de imigrantes, disse a agência de refugiados da ONU nesta quarta-feira. h1o3v

Corpos de imigrantes de El Salvador que morreram afogados no Rio Bravo, na fronteira do México com os EUA
24/06/2019
REUTERS/Stringer
Corpos de imigrantes de El Salvador que morreram afogados no Rio Bravo, na fronteira do México com os EUA 24/06/2019 REUTERS/Stringer
Foto: Reuters

"O Acnur, a agência de refugiados da ONU, está profundamente chocado de ver a foto de partir o coração dos corpos afogados de Óscar Alberto Martínez Ramírez e sua filha de 23 meses, Valeria, de El Salvador, nas margens do Rio Grande", disse a agência em comunicado.

A foto, amplamente compartilhada nas redes sociais, mostra pai e filha mortos por afogamento às margens do rio. O pai aparentemente esticou sua camiseta sobre ela para formar uma tipóia de bebê improvisada, e suas cabeças estão juntas. O short vermelho da menina cobre uma fralda cheia de água.

O alto comissário da ONU para refugiados, Filippo Grandi, disse que eles arriscaram suas vidas porque não conseguiram a proteção a que tinham direito sob as leis internacionais.

"As mortes de Óscar e Valeria representam um fracasso em lidar com a violência e o desespero que empurram as pessoas a fazer jornadas perigosas pela perspectiva de uma vida em segurança e dignidade", disse ele em um comunicado.

O Acnur comparou a foto com a icônica fotografia de um menino refugiado sírio, Alan Kurdi, cujo corpo chegou a uma praia do Mediterrâneo em 2015. Ele fazia parte de uma leva de refugiados sírios que causou pânico na Europa, levando a Turquia a efetivamente fechar a rota dos migrantes pela Grécia a pedido da União Europeia.

Desde então, muitos países ergueram barreiras aos migrantes e alguns, como a União Europeia e os Estados Unidos, pressionaram seus vizinhos para reduzir o número de pessoas que tentam fazer as viagens em busca de uma vida mais segura.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou o México com tarifas até que o governo mexicano concordasse em reduzir o número de migrantes, em meio a uma onda que sobrecarregou as instalações da fronteira.

Segundo advogados de imigração, crianças estão sendo mantidas por semanas sem comida ou higiene adequada nesses locais na fronteira norte-americana.

A agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos informou na terça-feira que seu chefe estava renunciando, e os democratas aprovaram um pacote de 4,5 bilhões de dólares para programas que abrigam, alimentam, transportam e supervisionam famílias da América Central que buscam asilo.

Especialistas em migração dizem que apertar controles simplesmente leva a migração para a ilegalidade e a coloca em novas rotas.

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