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Ex-comandante da FAB diz que Bolsonaro sabia da ausência de fraude nas eleições de 2022 2u574d

21 mai 2025 - 15h40
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Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica, afirmou que participou de uma reunião com Jair Bolsonaro (PL) logo após o segundo turno das eleições de 2022. Segundo ele, o encontro ocorreu no Palácio da Alvorada e tratou de "hipóteses de atentar contra o regime democrático, por meio de algum instituto previsto na Constituição". 6r2i1y

Carlos de Almeida Baptista Junior, ex
Carlos de Almeida Baptista Junior, ex
Foto: comandante da Aeronáutica - Isac Nóbrega/PR / Perfil Brasil

O relato foi feito durante depoimento à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, que analisa a conduta do ex-presidente e de aliados em uma possível tentativa de golpe. Baptista foi convocado como testemunha de acusação pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e também foi ouvido pela defesa dos investigados.

Além de Bolsonaro, o processo envolve o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier dos Santos, e o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira. De acordo com Baptista, os presentes discutiram o uso de dispositivos como a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o Estado de Defesa e o Estado de Sítio — todos previstos na Constituição, mas com exigências rigorosas.

Durante a reunião, afirmou o brigadeiro, o então comandante do Exército, Freire Gomes, teria reagido com firmeza. Segundo ele, Freire ameaçou prender Bolsonaro se o plano fosse levado adiante.

Forças Armadas resistiram ao plano de golpe apresentado por Bolsonaro? j1l2z

Baptista também relatou outra reunião, ocorrida em 14 de dezembro, no Ministério da Defesa. Nela, Paulo Sérgio Nogueira apresentou uma minuta golpista aos comandantes militares. Ainda segundo o ex-comandante da Aeronáutica, o então ministro teria dito: "Trouxe aqui um documento para vocês lerem". Baptista recusou-se a ler e deixou o encontro.

"Com base em tudo o que estava acontecendo, perguntei: 'O documento prevê a não assunção no dia 1º de janeiro do presidente eleito [Lula]?' Ele, [Paulo Sérgio Nogueira], disse: 'Sim'. Eu disse que não aceitava nem receber esse documento. Me levantei e fui embora", afirmou.

Segundo Baptista, Almir Garnier teria colocado as tropas da Marinha à disposição para apoiar o plano golpista. O brigadeiro relatou ainda que ou a ser alvo de ataques após resistir às pressões. Ele atribui a perseguição a Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e vice na chapa de Bolsonaro.

Baptista declarou que a proposta não avançou por falta de consenso entre os comandos das Forças Armadas.

Perfil Brasil
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