Saiba quem foi Sebastião Salgado, um dos maiores fotógrafos do mundo 4wu2n
Brasileiro nascido em Aimorés (MG) ganhou o mundo com fotografias em preto e branco 2g6u44
O fotojornalista Sebastião Salgado morreu nesta sexta-feira, 23, aos 81 anos. Natural de Aimorés, em Minas Gerais, ele vivia em Paris e tinha uma história próxima com a arte através da lente de câmeras. 5s3r6n
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Sebastião se formou em economia na década de 1960, tendo feito mestrado na Universidade de São Paulo (USP) em 1968 e um doutorado pela Universidade de Paris em 1971. Apesar da carreira já estruturada e bem próspera no mundo da economia, ele começou a se apaixonar pela arte de fotografar enquanto trabalhava para a Organização Mundial do Café, localizada em Londres, na época.
O trabalho que Salgado exercia permitia a ele viajar a diferentes países da África frequentemente. Segundo o Centro Internacional de Fotografia, sua vontade em documentar o que vivia por lá fez com que ele se aproximasse do ambiente das fotografias.
Foi quando, em 1974, começou a atuar como fotojornalista freelancer para a agência Sygma, em Paris, sua porta de entrada para o universo fotográfico profissional.
Sebastião Salgado era conhecido por fazer séries documentais apenas com fotos, todas em preto e branco, sua marca registrada.
Uma das mais memoráveis foi a exposição 'Workers', que tratava da crescente obsolescência do trabalho manual.
Durante a carreira, foi contemplado com diversos prêmios, entre eles o Prêmio Eugene Smith de Fotografia Humanitária, dois Prêmios I Infinity de jornalismo, o Prêmio Erna e Victor Hasselblad e o prêmio de melhor livro de fotografia do ano do Festival Internacional de Arles por Workers.
O artista brasileiro ficou mundialmente famoso por retratar de forma única a realidade de pessoas com dificuldades para sobreviver diante do avanço da modernidade.
Ele sempre foi aclamado por comunicar os sentimentos de pessoas em situações difíceis de trabalho ou de vida, fugindo de guerras ou da urbanização.
Em 2012, publicou a expedição Gênesis, a conclusão de um experimento de oito anos repleto de expedições em busca de mostrar a beleza do planeta e permitir conhecer paisagens, animais e pessoas que até então haviam escapado das pressões do mundo moderno.
"A fotografia de Salgado comunica uma compreensão sutil de situações sociais e econômicas raramente encontrada em representações de temas semelhantes feitas por outros fotógrafos", descreve Lisa Hostetler do Centro Internacional de Fotografia.
Salgado tinha uma exposição com mais de 400 obras agendada para o dia 1° de junho no Les Franciscaines, na França, em que falaria sobre a relação entre a humanidade e a natureza, ao mesmo tempo em que destacava os desafios ambientais e sociais que o mundo enfrentava.