Se fosse o filho da patroa, a diarista estaria em liberdade? 6y401k
Condenada pelo episódio que resultou na trágica morte do menino Miguel, Sarí Corte Real teve pedido de prisão preventiva negado pela Justiça 3d3t1k
“E se fosse o contrário?" Essa pergunta necessária reverbera sempre que surge um fato novo envolvendo a morte trágica de Miguel Santana, de 5 anos, em junho de 2020. 6x4c63
O menino caiu do 9º andar de um prédio de luxo, em Recife, quando estava sob os cuidados de Sarí Corte Real, a dona do apartamento onde a mãe de Miguel, Mirtes Renata de Souza, trabalhava como diarista. No momento da queda, Mirtes caminhava com os cachorros da patroa.
Nesta semana, a pergunta novamente dominou as redes sociais após a Justiça de Pernambuco negar o pedido de prisão preventiva e de retenção do aporte de Sarí Corte Real. A acusação pediu a prisão alegando que a ex-patroa de Mirtes infringiu um requisito da liberdade provisória: mudou de endereço sem comunicar o fato ao juiz.
Em maio, Sarí, que é mulher do ex-prefeito da cidade de Tamandaré, em Pernambuco, havia sido condenada em primeira instância a oito anos e seis meses de prisão por abandono de incapaz, que resultou na morte de Miguel.
Mas se fosse o contrário, se fosse Mirtes a ignorar uma determinação judicial enquanto estivesse em liberdade provisória aguardando a decisão final da justiça">Com uma Justiça mais igualitária, que não prenda apenas pela cor da pele, ciente de seu papel no combate ao racismo estrutural do país, quem sabe não será mais necessário fazer o exercício reverso, de indagar constantemente como seria se os papéis estivessem trocados.