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Venezuelano do Talleres acusa Bobadilla, do São Paulo, de xenofobia: 'Nunca me envergonharei' 2mez

Miguel Navarro aponta ter sido ofendido por sua origem, chora e tenta deixar o campo antes do fim 4s6w3t

27 mai 2025 - 22h10
(atualizado em 28/5/2025 às 00h15)
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O lateral-esquerdo Miguel Navarro, do Talleres, se pronunciou sobre o que aconteceu com ele durante a partida contra o São Paulo, pela Libertadores, na noite desta terça-feira, no MorumBis. O venezuelano relatou ofensas xenofóbicas por parte do são-paulino Bobadilla. 5h5gt

"Queria eu ter, em minhas mãos, a solução da fome que vive meu país. Espero que Deus me dê abundância para poder ajudar. Não creio que possa fazer muito contra a pobreza mental", escreveu o jogador em seu Instagram.

"Nunca me envergonharei das minhas raízes. Vou até as últimas consequências contra o ato de xenofobia que vivi hoje no Brasil por parte de Damían Bobadilla. No futebol, não há espaço para discursos de ódio", concluiu.

Nos momentos finais do segundo tempo, uma confusão foi iniciada, com jogadores se manifestando em tom de cobrança contra Bobadilla. Navarro tentou deixar o campo, mas foi impedido pelo árbitro chileno Piero Maza.

O jogador, que chorava, permaneceu no campo até o fim da partida. Ao sair, concedeu entrevista para a transmissão de TV, mas foi sucinto. "Não quero falar, ele sabe o que disse. Foi com Bobadilla. Não quero falar do jogo", disse. Depois, na zona mista, Navarro confirmou que o paraguaio o chamou de "venezuelano morto de fome".

O lateral-direito Augusto Schott e o técnico interino Mariano Levisman lamentaram a situação. "Quero falar sobre o racismo que sofremos. Talvez doa o dobro porque estamos aqui onde se promove muito contra o racismo. Um companheiro nosso está muito triste. Não quero deixar ar isso", lastimou o jogador.

Navarro foi ao Juizado Especial Criminal do MorumBis para registro de ocorrência. Policiais militares chegaram a ir ao vestiário do São Paulo em busca de Bobadilla, mas o volante já havia deixado o estádio. O caso também será apurado pela Conmebol.

O clube argentino publicou uma nota em apoio ao atleta. "Nós nos solidarizamos profundamente com Miguel e sua família neste momento. Como instituição, nos manifestamos contra qualquer forma de discriminação. Não há lugar para ódio no futebol", diz um trecho.

Integrante do mesmo grupo que São Paulo e Talleres na Libertadores, o Alianza Lima teve o desfalque de Pablo Cepellini recentemente. O uruguaio foi suspenso por quatro meses por chamar pejorativamente de "boliviano" um adversário do Boca Juniors.

Na entrevista coletiva, o técnico do São Paulo, Luis Zubeldía, desconversou sobre o assunto. O argentino reclamou por ter sido questionado sobre o tema e disse que preferia falar sobre a classificação às oitavas da Libertadores.

Estadão
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