Empresa americana faz pouso de carro voador no aeroporto JFK, nos EUA; veja vídeo 673v2a
BETA Technologies, que já captou mais de US$ 1 bilhão de investidores, realizou voo de demonstração que levava um piloto e quatro pessoas 4i3j7
A empresa americana BETA Technologies realizou na terça-feira, 3, o primeiro pouso de uma aeronave totalmente elétrica, também chamada popularmente de "carro voador", no Aeroporto Internacional John F. Kennedy (JFK), em Nova York, nos Estados Unidos. O anúncio foi realizado pela Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey, responsável pela gestão do terminal.
O voo, classificado como "histórico" pela autoridade portuária local, foi realizado pela aeronave ALIA CTOL, classificada como um avião elétrico convencional de decolagem e pouso (eCTOL), que saiu da ilha de Long Island até Nova York, completando o trajeto em 45 minutos. O eCTOL é semelhante ao mais conhecido eVTOL, sigla para aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical. Uma das principais diferenças entre esses dois tipos de aeronaves é a forma de decolagem e pouso, com o eVTOL sendo capaz de decolar e pousar verticalmente, como um helicóptero.
A aeronave ALIA CTOL levava um piloto e quatro pessoas, incluindo Matt Koscal, presidente da Republic Airways, potencial cliente da BETA, e Rob Wiesenthal, CEO da Blade Air Mobility - a Blade oferece voos de helicóptero para ageiros e transporte aéreo de órgãos humanos para hospitais e firmou parceria com a BETA para ajudar a testar e desenvolver seus veículos.
Segundo comunicado da autoridade portuária, o voo de demonstração é resultado de uma solicitação de inovação emitida pela agência em 2023, buscando propostas de empresas para testar suas aeronaves de última geração. A medida é parte do esforço de atingir emissões líquidas zero de carbono até 2050, por meio de testes de inovações em energia limpa com potencial para melhorar a mobilidade, reduzir impactos ambientais e expandir o o em toda a região.
O voo ocorreu após seis anos de testes e desenvolvimento pela BETA. "Levar nossa aeronave elétrica para um dos aeroportos mais movimentados do mundo, com ageiros, prova que a mobilidade aérea avançada não é um conceito do futuro, ela já está aqui", diz Kyle Clark, fundador e CEO da BETA Technologies. "O voo de hoje é mais do que tecnologia: é inovação e conectar comunidades de maneiras mais seguras, silenciosas e eficientes", afirma.
Os carros voadores da BETA Technologies fazem parte de uma nova geração de aeronaves que a indústria chama de mobilidade aérea avançada, geralmente elétricas e capazes de decolagem e pouso verticais ou curtos. O foco é transportar pessoas e mercadorias com mais eficiência dentro e entre áreas urbanas, com menor custo operacional em comparação com aeronaves tradicionais, redução de poluição do ar e sonora e alívio em congestionamentos.
A aeronave ALIA da BETA recebeu o nome em homenagem à filha de Martine Rothblatt, CEO de sua cliente inicial United Therapeutics, que lutava contra uma doença pulmonar. Ela foi desenvolvida inicialmente para realizar missões de transporte de órgãos e vem ando por testes de segurança e demonstrações nos últimos anos. Há planos da empresa para começar a entregar aeronaves aos clientes ainda este ano. Além da ALIA CTOL, a BETA está produzindo e certificando uma aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL), a ALIA VTOL.
A BETA, com sede em South Burlington, Vermont, captou mais de US$ 1 bilhão de investidores, incluindo Fidelity Investments, Qatar Investment Authority, TPG Inc. e Amazon.com, informou a Bloomberg.
Diferentemente das startups Joby Aviation e Archer Aviation, a BETA não está buscando um serviço de táxi aéreo, mas tem maior foco em vender aeronaves para transportadoras dos setores de logística e transporte de ageiros, bem como para o setor militar. / COM INFORMAÇÕES DA BLOOMBERG
