Parasita, narcisista e esquerda caviar: Afonso merece o golpe de Fátima em ‘Vale Tudo’ 2633u
Personagem de Humberto Carrão manipula todas as mulheres à sua volta e ainda se faz de vítima 6o1b2v
Num capítulo, Afonso (Humberto Carrão) beija e transa com Fátima (Bella Campos), traindo Solange (Alice Wegmann), que foi trabalhar no exterior. 2l4ct
No outro, ele reencontra a moça, tenta justificar a infidelidade culpando a namorada por deixá-lo sozinho no Rio.
Numa cena, o playboy pede um tempo para Fátima e, na sequência, está na cama de Solange, como se nada tivesse acontecido.
Mais tarde, confessa a ‘ficada’ com Fátima e, ao invés de assumir sua falha, critica a namorada e se coloca pela enésima vez como vítima. Até escorrem lágrimas!
Ao ser pressionado por Solange, o que ele faz? Chama Fátima e a beija.
Esse tipo de homem tem nome: canalha.
Muita gente – inclusive mulheres – normaliza sujeitos como Afonso. ‘Ah, ele é apenas um hétero agindo por instinto.’
O galã de ‘Vale Tudo’ é, na verdade, um parasita que suga todas as mulheres ao seu redor, a começar pela mãe, Odete Roitman (Debora Bloch), de quem usufrui a vida de luxo.
Nas discussões com ela, regurgita suas frustrações emocionais acumuladas desde a infância. Deveria tratá-las no consultório de um psicanalista.
No campo profissional, quer fazer caridade usando o dinheiro da empresa da família a fim de criar uma imagem politicamente correta. Excessiva vaidade de um executivo que trabalha pouco.
Charmoso e único homem da casa, ele manipula a tia que o criou como filho, Celina (Malu Galli), e a irmã alcoólatra e neurótica, Heleninha (Paolla Oliveira), para tê-las como defensoras.
É uma versão ‘soft’ do macho tóxico. Dissimulado, disfarça a personalidade paternalista. No fundo, acredita que o mundo gira em torno de seu umbigo.
Afonso não quer abrir mão dos privilégios da elite, compreender a complexidade da mãe nem ceder um pouco para beneficiar a parceira amorosa.
Provável diagnóstico: transtorno narcisista.
Ao levar o golpe do baú, Afonso não será vítima de Fátima, mas sim dele mesmo: do culto à própria imagem, da falta de empatia, da presunção, da superficialidade de suas relações.
Em 1988, bem no fim da versão original da novela, Odete analisa o filho: “um eterno adolescente”. Como discordar">Um personagem tão interessante quanto detestável.
