Demissão de diretores da TV Gazeta ressalta grade dominada por pastores após fim de programas 544b52
Canal perdeu relevância com a locação da maior parte dos horários, mas ainda se destaca em alguns momentos 5y1b4n
Uma das notícias mais importantes da semana no mundo da comunicação foi a demissão dos três principais executivos da TV Gazeta. p2p3q
Sérgio dos Santos, Silvio Alimari e Marinês Rodrigues foram substituídos abruptamente por Maria Cristina de Paula Abreu, antes responsável pelas finanças e a istração.
Essa mudança radical suscitou especulações. Em comunicado, a Fundação Cásper Líbero, mantenedora do canal, disse se tratar de “reestruturação”, sem revelar detalhes.
Uma certeza é inquestionável: a Gazeta está com sua programação enfraquecida em nome do faturamento. Nos últimos anos, programas tradicionais e interessantes, a exemplo do ‘Todo Seu’ (com Ronnie Von) e o ‘Revista da Cidade’ (com Regiane Tápias) foram encerrados.
Hoje, são menos de 10 atrações próprias. A grade da emissora está dominada pelo televangelismo da Igreja Universal do Reino de Deus, que ocupa 15 horas diárias de segunda a sexta.
O jornalismo e o entretenimento estão acomodados em apenas sete horas entre o começo da tarde e o início da noite. Aos sábados e domingos, além da pregação religiosa, há televendas na maior parte do tempo.
Ainda que ofereça conteúdo agradável, como o ‘Mulheres’ e o ‘Gazeta Esportiva’, a TV Gazeta está enfraquecida e distante de seu potencial.
Falta ambição artística e mais força comercial para atrair anunciantes e parceiros, e não precisar locar horários importantes.
Mesmo assim, consegue ultraar a RedeTV! e até empatar com a Band no Ibope em alguns momentos.
Em 1º de setembro de 2024, o canal promoveu debate dos candidatos à prefeitura de São Paulo com o portal MyNews. Registou média de 1.4 ponto, aumento de mais de 1.000% de sua audiência habitual no horário.
A nova direção precisa espanar a poeira da TV Gazeta e fazê-la vibrante novamente, com novas atrações e o reforço das já existentes.
