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'Não pago esse preço': Carmo Dalla Vecchia sobre silêncio de colegas sobre sexualidade 1q6x5a

Em entrevista exclusiva para CARAS Brasil, o ator Carmo Dalla Vecchia faz desabafo sobre religião, sexualidade e ausência de apoio no meio artístico 3v760

30 mai 2025 - 20h56
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Carmo Dalla Vecchia fala sobre silêncio de colegas sobre sexualidade
Carmo Dalla Vecchia fala sobre silêncio de colegas sobre sexualidade
Foto: Reprodução/Instagram/Chico Lima / Caras Brasil

Carmo Dalla Vecchia é conhecido por suas atuações na TV e no teatro, mas sua trajetória fora das telas revela ainda mais coragem. Em entrevista à CARAS Brasil, o ator fez um desabafo sobre espiritualidade, sexualidade e a ausência de posicionamento de colegas que compartilham da mesma realidade. 2o2t21

Ao refletir sobre fé e acolhimento, Carmo destacou o quanto sua jornada espiritual o ajudou a se aceitar: "Me tornei um praticante budista. E, dentro da prática budista, não importa a sua orientação sexual. Aliás, eu não entendo por que tantas pessoas procuram religiões que condenam a sua orientação sexual, sendo gays, lésbicas... Eu realmente não entendo. Tem uma igreja que diz que você está errado, que o seu desejo é errado, e mesmo assim você vai lá? Como é que você se sente acolhido num lugar que não te acolhe?", disse ele.

Carmo também questionou os dogmas religiosos que, segundo ele, contradizem a própria essência da espiritualidade: "Eu pensei: 'Peraí, tem algo errado nessa história. Se eu sou bom, mas não vou à igreja, eu vou pro inferno?' Isso não fazia sentido. Acredito que Deus pode ser encontrado de tantas formas".

O ator não esconde que teve medo das consequências profissionais de se assumir publicamente. "É claro que tive medo de não ser chamado [para trabalhos]. E não só medo, eu fui aconselhado a jamais falar sobre isso, porque senão eu não seria escalado. É um preço muito alto a pagar: não ser você mesmo para conseguir afeto ou aceitação dos outros. Mas eu não quero esse tipo de sucesso. Eu quero sucesso na minha vida. E a minha vida é muito maior do que apenas meu trabalho", afirmou.

Carmo também criticou o silêncio de figuras públicas que evitam se posicionar sobre a própria sexualidade: "Eu também não tive muitos exemplos antes de mim. Mesmo pessoas que eu sei que são como eu, muitas vezes não se posicionaram publicamente. Acham que não deveriam se posicionar. E eu acho que o fato de eu ter me posicionado sobre isso foi, e ainda é, o maior ato político da minha vida. Não há nada que eu possa fazer artisticamente que seja maior do que isso. Nada que eu venha a fazer pode ser mais importante do que esse exemplo. Dizer: 'Existimos. Estamos aqui.'", declarou.

Para Carmo, continuar buscando aceitação em espaços hostis não faz mais sentido. "Hoje, práticas dogmáticas que dizem: 'Acredita e não me pergunta por quê', me parecem muito mais estranhas do que ter uma sexualidade diversa. E, veja bem, quando você não é heterossexual, as pessoas às vezes reclamam que não entendem quem você é. Mas, sinceramente, ser homossexual hoje em dia e querer frequentar um lugar onde não te querem? Vai embora! Tem tanta gente no mundo que te quer de maneira positiva...", conclui o artista.

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