O aroma de café se misturou com o amargor de uma disputa judicial. O ex-gerente da cafeteria Havanna, localizada em ville (SC), Jair José Aguiar da Rosa, decidiu não aceitar em silêncio a demissão que, segundo ele, foi provocada pela repercussão de um episódio envolvendo ninguém menos que o padre Fábio de Melo. x5t6e
A história, que começou com uma reclamação do religioso e ganhou as redes sociais, agora avança para os tribunais.
De acordo com a defesa de Jair, a cafeteria buscou livrar-se da pressão pública jogando toda a responsabilidade nos ombros do gerente, que foi demitido após a confusão.
A versão do ex-funcionário é clara: ele garante que não houve qualquer interação direta com o padre no dia em que os acontecimentos tomaram a proporção de um escândalo digital.
O caso já está em tramitação judicial. O Sindicato dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade confirmou que o processo contra o padre Fábio de Melo corre na Justiça e que, em breve, a ação trabalhista contra a Havanna será formalmente protocolada.
Jair não esconde o abalo emocional que a situação provocou em sua vida. Em entrevista ao programa "Tá na Hora", ele relatou estar sofrendo de depressão e revelou que, a apenas três meses de concluir a faculdade, precisou trancar o curso. "Minha vida virou do avesso, tenho medo de sair na rua", desabafou, emocionado.
Padre Fábio de Melo lamenta o ocorrido e reforça que não quis prejudicar ninguém 522o12
Do lado oposto desta história, o padre Fábio de Melo, que soma milhões de seguidores nas redes sociais e é conhecido por sua atuação conciliadora, lamentou publicamente o ocorrido. Disse, em declarações recentes, que jamais teve a intenção de prejudicar alguém ou causar tamanha repercussão.
Ainda assim, o estrago estava feito. A exposição midiática foi suficiente para mudar os rumos da vida do ex-gerente e afetar diretamente sua saúde emocional. Jair insiste que as imagens captadas pelas câmeras de segurança da cafeteria comprovam sua versão: ele não teria sequer se aproximado do religioso.
O episódio gerou intensa comoção entre o público e alimentou o debate sobre a responsabilidade das figuras públicas ao expor insatisfações nas redes sociais. Muitos defendem que, ao manifestar sua opinião online, o padre não poderia prever as consequências tão drásticas. Outros acreditam que o poder de influência de celebridades deve ser usado com ainda mais cautela.
Enquanto isso, a cafeteria Havanna, famosa por seus alfajores e cafés requintados, também se vê no centro de uma crise institucional. Procurada pela imprensa, a empresa preferiu manter o silêncio até o momento.
A novela judicial está apenas começando e promete novos capítulos, com direito a embates entre advocacias e análises profundas sobre responsabilidade civil e trabalhista. O café esfriou, mas a temperatura do caso segue alta, sob os holofotes do noticiário nacional.