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Os 50 melhores thrillers eróticos de todos os tempos, segundo Rolling Stone 1424c

De mistérios obscenos a thrillers indecentes, conheça os maiores filmes pensados para fazer seu coração acelerar e as palmas das suas mãos suarem j5rb

4 jun 2025 - 08h11
(atualizado às 09h59)
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Foto: Garotas Selvagens e De Olhos Bem Fechados ( Reprodução e Warner Brothers/Getty Images) / Rolling Stone Brasil

Quando Jogo Justo, o suspense maravilhosamente picante de Chloe Domont, estreou no Festival de Cinema de Sundance, o público imediatamente reagiu à história de dois analistas financeiros em busca de um cliente "dourado" e uma cobiçada vaga na diretoria executiva. Não foi apenas por causa da notória cena de abertura com um casal transando no banheiro durante um casamento; nem as perversões que mantêm esse relacionamento secreto entre tubarões competitivos de Wall Street em um modo de desejo máximo; nem mesmo a ameaça constante de violência espreitando em cada esquina do centro de Nova York. O que realmente chamou a atenção foi a sensação nostálgica de suspense que Domont e seus protagonistas (Alden Ehrenreich e Phoebe Dynevor) captaram tão bem. Era um drama corporativo "trash", ofegante, ambientado em 2023, mas que parecia e se comportava como se ainda estivéssemos em 1993. Uma recriação perfeita de um clássico suspense erótico vintage. 5t291p

Independentemente de Jogo Justo trazer de volta esse gênero desonroso e tão difamado, é seguro dizer que os thrillers eróticos estão experimentando um enorme ressurgimento de interesse. Você pode dar crédito a You Must This, o popular podcast de Karina Longwoth sobre histórias esquecidas de de Hollywood que tem feito uma análise profunda sobre esses filmes com trilha sonora de saxofone dos anos 1980 e 1990, também conhecidos como a Era de Ouro do gênero.

Pode ser que os espectadores que lamentam a falta de sexo nas telas hoje em dia tenham redescoberto os filmes quentes e pesados de antigamente em um esforço para saciar a coceira. Ou pode ser simplesmente nostalgia de uma época que era tudo, menos simples. De qualquer forma, esses filmes muitas vezes controversos, quase sempre problemáticos, estão mais uma vez fazendo os pulsos dos fãs acelerarem e as palmas das mãos suarem.

O que significa, naturalmente, que este é o momento perfeito para ranquear os suspenses eróticos mais trash, mais sensuais, mais indecentes — e simplesmente os melhores — de todos os tempos. O que nos surpreendeu durante a elaboração desta lista não foi apenas a discussão sobre o que define (ou não) o gênero, mas também o fato de que esse tipo de filme existe há mais tempo do que se imagina (há vários thrillers eróticos aqui que antecedem a era de ouro do gênero).

De produções suadas e decadentes ambientadas em pântanos a neo-noirs com temperaturas altíssimas, de Atração Fatal (1987) a Segundas Intenções (1999), esses 50 filmes nos lembram que há poucas coisas que o cinema ama mais do que sexo e morte. Especialmente quando os dois se encontram num beco escuro ao som do lamento de um saxofone no fundo.

50. Perdas e Danos (1992) 3u6733

Jeremy Irons e Juliette Binoche brigaram durante as filmagens. Louis Malle declarou que este era "o filme mais difícil que já fiz". E cortes tiveram que ser impostos para evitar uma classificação indicativa imprópria para menores de 17 anos. Mas todo esse atrito só aumentou a beleza feroz desta adaptação do romance de Josephine Hart sobre um parlamentar britânico taciturno, consumido por um caso clandestino com a namorada de seu filho. Luxúria e desprezo unem igualmente esses amantes, resultando em cenas de sexo nas quais não fica claro se eles querem transar ou destruir um ao outro. Por que a atração entre eles é tão distorcida e doentia? Curiosamente, o roteiro de David Hare deixa essa pergunta sem resposta, forçando os espectadores a refletir sobre a natureza insondável da obsessão sexual. —Tim Grierson

49. Dominados Pelo Desejo (1990) 502l3z

Este suspense do início dos anos 90 ganhou status de clássico cult por meio de repetidas transmissões noturnas na TV a cabo, e ainda exemplifica uma era noturna da HBO repleta de neo-noirs sensuais em vez de intermináveis reprises de Game of Thrones. Baseado em um romance de Jim Thompson e dirigido por James Foley, a história gira em torno de um ex-boxeador bêbado (Jason Patric) que se envolve com uma viúva ardilosa (Rachel Ward) e um ex-policial trapaceiro (Bruce Dern) em um plano mal elaborado para sequestrar uma criança em troca de resgate. O filme parece envolto em poeira californiana e suor bronzeado; e se a química entre Patric e Ward não soa exatamente crível, é porque eles não estão apaixonados: estão tomados pela luxúria. —Mosi Reeves

48. Lua de Fel (1992) 415u8

Sim, a sátira cruelmente eficiente de Roman Polanski sobre dois casais em um cruzeiro oferece, de fato, muito sexo — cortesia da voluptuosa Emmanuelle Seigner (esposa de Polanski na vida real). Mas ela e seu marido nas telas, Peter Coyote, também são hilários ao retratar um casamento brutalmente sadomasoquista em cenas de flashback escandalosas, todas relembradas pelo personagem de Coyote — em cadeira de rodas — para excitar o ingênuo ageiro Hugh Grant. Enquanto isso, a esposa de Grant (interpretada por Kristin Scott Thomas) parece, a princípio, apenas uma espectadora dessas conversas obscenas, embora vá se enojando da paquera patética que ele faz com a libertina espirituosa de Seigner. No entanto, ela terá um papel fundamental, especialmente à medida que o filme transita da farsa e do caos romântico para a tragédia. — M.R.

47. Má Educação (2004) 38a33

Um desejo sexual sombrio permeia cada quadro da história atormentada de Pedro Almodóvar sobre a perda da inocência infantil, que se desencadeia quando o diretor de cinema Enrique (Fele Martínez) reencontra Ignacio (Gael García Bernal), seu primeiro amor dos tempos de colégio interno católico. Ignacio escreveu um relato autobiográfico provocativo que gostaria que Enrique adaptasse para o cinema. No entanto, há mais do que parece à primeira vista. García Bernal nunca esteve tão sedutor, e Almodóvar — em sua fase mais fetichista e ousada — se deleita com a audácia transgressora do filme, seja no travestismo, nas reviravoltas escandalosas, na condenação dos predadores dentro da Igreja Católica ou nas cenas de sexo úmidas e carregadas de tensão. — T.G.

46. O Amante Duplo (2017) 51v4u

O cineasta francês François Ozon, em sua adaptação do romance de Joyce Carol Oates, nos apresenta a Chloé (Marine Vacth), uma guarda de museu deprimida que começa a fazer terapia com Paul (Jérémie Renier). Ele desperta algo dentro dela ao levá-la para a cama… e então eles viveram felizes para sempre, certo? Nem de longe. Ozon leva o material ao limite do absurdo — as reviravoltas são inacreditáveis —, mas o brilho gelado da direção e a química sexual incandescente entre os atores mantêm o espectador hipnotizado, pronto para cada curva insana que a história decidir tomar a seguir. — T.G

45. Parceiros da Noite (1980) 5xe4p

"Algo para ofender praticamente todo mundo", escreveu a Time Magazine sobre um filme que chocou os censores, horrorizou os críticos e provocou protestos de grupos de direitos LGBTQIA+, convencidos de que ele poderia incitar crimes de ódio. Embora o ar do tempo não tenha reabilitado totalmente a reputação do falecido William Friedkin por esse psicodrama indecente sobre um assassino que ronda os bares de couro do submundo nova-iorquino, ele lançou luz sobre a urgência de seus momentos de suspense — incluindo uma sequência de abertura de gelar o sangue, onde a luxúria se transforma em terror com o brilho de uma lâmina. Ainda mais brilhante é a atuação fervente e ambígua de Al Pacino, como o policial possivelmente enrustido que se faz de isca para atrair um predador. Inspirado pelo duplo sentido do título original [Cruising, que pode significar tanto "patrulhar" quanto "cruzar sexualmente"], ele desfoca a linha entre dever e desejo. Muitos filmes seguem policiais que se perdem ao se infiltrar no submundo. Este, por mais controverso que seja, ganha sua força justamente da possibilidade de que o policial, em vez de se perder, possa enfim se encontrar. — A.A. Dowd

44. Acima de Qualquer Suspeita (1990) 5j2j2z

O promotor de renome "Rusty" Sabich (Harrison Ford) é designado pelo promotor distrital para ajudar os detetives de homicídio a investigar o brutal assassinato de uma colega advogada, Carolyn Polhemus (Greta Sacchi), especialista em casos de agressão sexual. Só que há um grande problema: Rusty teve um caso com Carolyn, e quando ela terminou o relacionamento, ele se tornou um pouco agressivo e obsessivo. Ou seja — você já adivinhou — ele não é apenas parte da investigação, mas também o principal suspeito. Mesmo que você já conheça a reviravolta central do best-seller de Scott Turow, ainda pode apreciar como o diretor Alan J. Pakula (Klute, The Parallax View) e o diretor de fotografia Gordon Willis (O Poderoso Chefão) transformam o que poderia ser um suspense trash em um drama jurídico de alto nível. Porém, foi a cena de sexo ardente entre Ford e Sacchi em sua mesa que garantiu a esta adaptação da literatura jurídica do início dos anos 90 um lugar nesta lista. Uau. — David Fear

43. Malícia (1993) 1v6410

"Eu sou Deus," declara o brilhante e arrogante cirurgião interpretado por Alec Baldwin — a grande piada de um depoimento clássico de Aaron Sorkin. Anos antes de focar em temas mais grandiosos como política, jornalismo e a criação do Facebook, o criador de The West Wing coescreveu (junto com Scott Frank) este thriller extremamente imprevisível envolvendo um ménage à trois, estrelado por Bill Pullman como um acadêmico pego de surpresa por reviravoltas e uma jovem Nicole Kidman como sua esposa devastada e litigiosa. Além dos monólogos suculentos, o verdadeiro mérito do diretor Harold Becker neste monumento à enganação está na estrutura, não nas palavras: é preciso algo equivalente a um complexo de deus na escrita para soltar um serial killer em uma pacata cidade universitária e, bem... melhor não estragar a diversão de quem for assistir. — A.A.D.

42. Perversa Paixão (1971) 73g5y

A estreia na direção de Clint Eastwood é uma forte candidata a ser o avô dos suspenses eróticos modernos — ao menos, pode ser creditada (e/ou responsabilizada) por dar início a uma subcategoria poderosa no gênero, ou seja, a mulher rejeitada que enlouquece. O locutor de rádio noturno de Eastwood recebe pedidos constantes da canção de jazz "Misty", de Erroll Garner; eventualmente, ele conhece — e dorme com — a ouvinte (Jessica Walter) que liga para pedir a música. Ele vê o relacionamento como algo extremamente casual. Ela, infelizmente, não. E quando o homem de voz aveludada tenta terminar, as reações da fã vão do autodestrutivo ao homicida. Muito antes de ser a matriarca da família Bluth em Caindo na Real, Walter já mostrava que podia personificar um tipo completamente diferente de pesadelo masculino encarnado. Atração Fatal (1987) não existiria sem este filme. — D.F.

41. Desejo e Obsessão (2001) 4t2oa

O desejo consumido se transforma em desejo de consumir no hipnotizante erotismo canibal de Claire Denis, que mergulha no choque grotesco do movimento de horror conhecido como "New French Extremity", ao mesmo tempo em que mantém a sensualidade arrebatadora presente em outros trabalhos da diretora, como Bom Trabalho (1999). Durante sua lua de mel em Paris, Shane (Vincent Gallo) começa a sentir os efeitos de um tratamento experimental voltado para o aumento da libido humana — mas o antigo colega que ele tenta reencontrar já está lidando com as consequências mais avançadas do experimento em sua própria esposa (uma Béatrice Dalle selvagem), cujos apetites são simplesmente insaciáveis. Eles são como as panteras negras de A Marca da Pantera (1982): nenhuma jaula pode contê-los. — Scott Tobias

40. A Faca na Água (1962) 3v2p14

Nos anos 1960, filmes estrangeiros sofisticados tinham a fama de mostrar o tipo de sexo e nudez que Hollywood apenas insinuava. E, em seu primeiro longa-metragem, o diretor Roman Polanski usou essas expectativas a seu favor, criando um thriller tenso que oferecia suspense contínuo e a promessa de algo picante — ao mesmo tempo em que explorava temas pesados como paranoia e desejo. A história é simples: um casal (Leon Niemczyk e Jolanta Umecka) convida um caroneiro sem nome (Zygmunt Malanowicz) para acompanhá-los em uma viagem de barco, onde os dois homens competem para impressionar a mulher, enquanto todos estão vestidos apenas com trajes de banho provocantes. Essa disputa masculina cheia de exibicionismo é, ao mesmo tempo, divertida e assustadora, enquanto o público aguarda ansiosamente para descobrir quais dois vão acabar na cama — e quem será jogado ao mar. — Noel Murray

39. Gigolô Americano (1980) 58504a

Algumas das sequências mais sensuais do retrato de Paul Schrader sobre um acompanhante de luxo nem envolvem sexo propriamente dito — embora isso definitivamente esteja no filme. Existe aqui uma estética erótica em jogo, com Julian, interpretado por Richard Gere, vivendo uma vida sexy: dos ternos Armani ao corpo esculpido com perfeição. Mas essa existência impecável, financiada pelos serviços que ele presta a mulheres solitárias e da alta sociedade, é abalada por dois eventos cruciais: seu envolvimento com a sedutora esposa de um político (Lauren Hutton) e sua implicação em um assassinato perturbador. Schrader nos convida a assistir à derrocada da vida de Julian, mas no fundo é um romântico — e Gigolô Americano acaba sendo menos sobre sexo e mais sobre a alma. — Esther Zuckerman

38. O Talentoso Ripley (1999) 2v61q

O romance de 1955 de Patricia Highsmith apresentou ao mundo o personagem Tom Ripley, um vigarista que serviria como canal para os impulsos misóginos da autora por décadas. A adaptação de Anthony Minghella — a segunda do livro, após O Sol por Testemunha (1960) — dá uma alma ao anti-herói, apenas para, em seguida, mostrar como ele a negocia em troca da própria sobrevivência. Matt Damon interpreta Ripley, um jovem sem rumo que consegue, com um blefe, um trabalho para trazer de volta Dickie Greenleaf (Jude Law), filho de um magnata do setor naval que vive uma existência hedonista na Itália. Uma vez lá, o talento de Ripley para a enganação o torna querido por Dickie e (quase) todos os seus amigos. Mas para manter sua farsa, ele acaba sendo forçado a tomar medidas drásticas. Damon retrata Ripley como um sociopata tentando — fracassadamente — se reconectar com a humanidade, movido em parte por uma atração por Dickie. Esse fracasso transforma o filme de um deleite perverso e engenhoso em uma verdadeira tragédia. — Keith Phipps

37. A Mão Que Balança o Berço (1992) 282m6k

Cuidado com a babá que parece boa demais para ser verdade — ela pode, na verdade, estar tentando destruir sua vida como uma forma de vingança por você ter denunciado o marido dela, um ginecologista, por ter te agredido durante um exame! O pesadelo doméstico do thriller de Curtis Hanson coloca a mãe trabalhadora interpretada por Annabella Sciorra contra a ajudante contratada do inferno, vivida por Rebecca De Mornay, que aos poucos vai se insinuando na família enquanto constantemente manipula sua patroa. Rivais em potencial, que vão desde o faz-tudo mentalmente incapacitado interpretado por Ernie Hudson até a melhor amiga desconfiada de Julianne Moore, são deixados de lado ou eliminados completamente; já o marido de Sciorra (vivido por Matt McCoy) é um alvo principal para sedução. Engraçado como a babá simplesmente está na cozinha usando uma camisola transparente quando ele desce no meio da noite. Ou como ela está pronta para enxugá-lo depois de uma tempestade, vestindo o vestido molhado mais justo da história dos thrillers eróticos. —D.F.

36. A Marca da Pantera (1982) 2k2q73

A Marca da Pantera já era um clássico filme de terror de 1942 dirigido por Jacques Tourneur, mas ganha uma transformação fabulosamente vibrante nas mãos de Paul Schrader. Nastassja Kinski interpreta uma jovem católica devota com um segredo mortal: sempre que sente algum tipo de desejo sexual, ela se transforma em uma pantera negra sedenta de sangue. Naturalmente, ela consegue um emprego no zoológico, e que surpresa — ela cria uma ligação com os felinos comedores de gente. É uma maldição familiar que ela compartilha com seu irmão, interpretado por Malcolm McDowell, que também tem um interesse doentio pela irmã. Kinski traz uma interpretação muito sincera e próxima, conectando-se com sua energia de pantera, especialmente depois de se apaixonar pela primeira vez. Será que ela vai dormir com ele? Ou vai mordê-lo e arranhá-lo até pedaços? Como Travis Bickle, só que mais nua, ela é solitária e dividida entre o desejo e a raiva, ao som dos sintetizadores sombrios dos anos 80 de Giorgio Moroder. David Bowie canta a clássica música tema, um hino gótico onde ele grita: "Estou apagando fogo com gasolina!" — Rob Sheffield

35. As Diabólicas (1955) j2m1s

Como o diretor Henri-Georges Clouzot escolheu encerrar este filme com um aviso aos espectadores para não revelarem seus segredos a outras pessoas, vamos abordar isso com cautela. ado em grande parte em um internato francês de qualidade duvidosa, o filme trata de um triângulo amoroso entre três pessoas que, ao que parece, se detestam: o diretor Michel (Paul Meurisse), sua esposa Christina (Véra Clouzot, esposa real do diretor) e sua amante Nicole (Simone Signoret). Cansadas de Michel, as duas mulheres arquitetam um plano complicado para acabar com ele. Parte história de detetive (graças a uma divertida atuação de Charles Varnel, desleixado e precursor de Columbo), parte thriller de tirar o fôlego, e parte história de fantasmas, As Diabólicas ganha força do clima sujo e tenso entre seus personagens desesperados, cujos sentimentos complexos e, às vezes, conflitantes fazem praticamente cada cena parecer que pode terminar em assassinato ou em um abraço. Ou talvez ambos. —K.P.

34. Crash - Estranhos Prazeres (1996) 5jpw

Quem mais, senão David Cronenberg, poderia levar o thriller erótico a um dos níveis mais extremos já mostrados na tela? Sua adaptação do transgressivo romance de 1973 de J.G. Ballard é uma representação perturbadora de uma subcultura de pessoas que se excitam com acidentes de carro. Um casal vivido por James Spader — o homem perfeito para interpretar um excêntrico excitado — e Debrah Kara Unger, mergulha mais fundo nesse submundo sombrio liderado por uma figura à moda de líder de culto, interpretada por Elias Koteas. Cronenberg faz o sexo na tela parecer, ao mesmo tempo, mecânico e corporal, fundindo metal e pele de maneiras que são tanto tentadoras quanto profundamente perturbadoras. Dá para quase sentir o cheiro da gasolina vindo deste filme. —E.Zu

33. Elle (2016) 1x2i6c

Ninguém jamais acusou Paul Verhoeven de evitar riscos — mas ele ultraou completamente os limites com este filme de 2016, um thriller psicológico tão controverso que teve que ser feito na França. Michèle Leblanc (Isabelle Huppert), chefe de uma empresa de videogames, é estuprada em casa por um agressor desconhecido e mascarado. Ela fica traumatizada e obcecada com a experiência, acabando por se envolver em um relacionamento sexual com seu vizinho (Laurent Lafitte) que oscila entre consentimento e agressão. Apesar do tema desafiador, Verhoeven e Huppert habilmente afastam o filme do espetáculo e o transformam em um complexo estudo de personagens que levanta questões incômodas sobre o empoderamento feminino. O que Michèle, cuja vida cuidadosamente organizada ameaça mergulhar no caos, ganha com esses encontros? No verdadeiro estilo de um thriller erótico, há algumas reviravoltas, incluindo a questão de qual pessoa está, em última análise, no controle. —Emily Zemler

32. O Império dos Sentidos (1976) 12j1s

A ex-trabalhadora sexual Sada Abe (Eiko Matsuda) consegue um emprego como empregada doméstica em uma pousada em Tóquio, onde a chefe casada e tarada Kichiko Ishida (Tatsuya Fuji) molesta alegremente sua nova contratada e dá início a um tórrido romance de esquecimento mútuo. O polêmico diretor Nagisa Oshima se aprofunda em sua releitura gráfica de um crime ional real de 1936, que culminou com uma Abe atordoada e confusa vagando pelas ruas segurando os genitais decepados de seu amante morto. O apetite mútuo é tão voraz que Kichi lambe o sangue menstrual dos dedos, enquanto Sada come seus pelos pubianos e o força a montar em uma gueixa geriátrica — quando ela não o está ameaçando com uma faca de cozinha em um o de ciúmes. Penetração sem simulação, sexo oral, exibicionismo, orgias, brincadeiras violentas e muito mais do que um pouco de estrangulamento estão no menu desta revelação de amor louco e impróprio para menores de 18 anos. —Stephen Garrett

31. Matador (1986) 2xt1w

A obra-prima dos thrillers eróticos de Pedro Almodóvar transforma a paixão fanática da Espanha por touradas no catalisador de uma série de assassinatos psicosexuais. O matador aposentado Diego Montes (Nacho Martínez) ainda é tão viciado na adrenalina da morte que se masturba assistindo cenas de filmes de terror com mulheres brutalizadas e faz suas namoradas fingirem estar mortas quando as devasta. Sem que ele saiba, Maria Cardenal (Assumpta Serna), uma super fã de Diego, seduz homens apenas para apunhalá-los fatalmente pelas costas em um clímax toro-erótico. Para completar, Antonio Banderas aparece como um jovem virgem cheio de desejo sexual ardente, poderes psíquicos incipientes e um sentimento esmagador de culpa católica que o faz assumir a responsabilidade por todo o derramamento de sangue. Sexo e morte nunca estiveram tão intimamente entrelaçados, enquanto o diretor espanhol adiciona necrofilia, vertigem, estupro e um eclipse à mistura sombriamente engraçada — e surpreendentemente, seriamente sexy. —SG

30. Inverno de Sangue em Veneza (1973) 2b72f

Baseado no conto de Daphne du Maurier, o pesadelo subliminar e de ritmo lento de Nicolas Roeg traz o elemento "erótico" neste thriller graças a uma cena de sexo memorável entre Julie Christie e Donald Sutherland, que interpretam um casal enlutado pela morte por afogamento da filha pequena. Por anos, a sequência cuidadosamente editada foi objeto de especulação: os atores estavam realmente fazendo sexo? Mas há algo sensual e tátil em todo o conjunto, desde os ameaçadores becos de pedra de Veneza até a onipresença da cor vermelha, que John, personagem de Sutherland, ao desviar a cabeça do trabalho de restauração de uma igreja, acaba seguindo por pontes e ruas desertas rumo ao seu destino fatal. —Chris Vognar

29. Gêmeos - Mórbida Semelhança (1988) 3v6b3x

Ginecologistas gêmeos idênticos dormem com a mesma atriz, sem mencionar que não são a mesma pessoa. Parece o enredo de um fetiche de luxo, talvez uma comédia sexual atrevida. Mas, como de costume, David Cronenberg tem algo mais em mente do que mera excitação. Baseando-se no romance de Bari Wood e Jack Geasland, o mestre canadense do horror corporal mergulha fundo na relação simbiótica entre esses irmãos fisicamente idênticos, mas emocionalmente bastante distintos. Jeremy Irons interpreta ambos, usando maneirismos para diferenciá-los com precisão, de modo que conseguimos distinguir um do outro num simples olhar... pelo menos até que suas identidades comecem a se confundir. Aqui, uma história sensacionalista se transforma em algo mais complexo, mais perturbador, mais trágico — mesmo enquanto oferece um agrado a quem tem fetiche por gêmeos, com a ameaça iminente de uma cena quente de Irons com Irons. —A.A.D.

28. Coração Satânico (1987) 3u6r3k

Deixe de lado a história sobre um cliente enigmático que contrata um detetive para investigar o desaparecimento de uma cantora de boate — todo mundo que viu Coração Satânico se lembra do filme por causa de Mickey Rourke em seu auge charmoso e sedutor dos anos 80, com olhos brilhantes, e Lisa Bonet em seu momento mais icônico à la Rolling Stone Hot Issue, protagonizando uma das cenas de sexo mais intensas e perturbadoras da história do neo-noir (Foi tão forte que a RIAA quase deu ao filme uma classificação de proibido para menores de 18 anos). O diretor britânico Alan Parker era especialista em atmosferas carregadas de sensualidade e visuais sombrios, o que serviu perfeitamente para criar este "gumbo" de sexo e maldade que começa na Nova York dos anos 1950, desce até a ensolarada Nova Orleans e, por fim, segue para lugares que poucos esperam — menos ainda o espectador. —M.R.

27. Jogo Perverso (1989) 42716h

A novata Megan Turner (Jamie Lee Curtis) mal havia começado na polícia quando disparou sua arma ao interromper um assalto em andamento. Pior: a arma do criminoso morto desaparece da cena do crime, o que faz seus superiores duvidarem da sua versão dos fatos. Afastada do serviço, ela começa um relacionamento com um corretor de commodities (Ron Silver) que, não por coincidência, foi quem roubou o revólver .44 desaparecido — e está usando a arma pela cidade, deixando cápsulas com o nome de Megan. Um filme que gerou incontáveis teses sobre poder, gênero e o simbolismo fálico das armas de fogo, o thriller gloriosamente estilizado e elegante de Kathryn Bigelow não tem medo de flertar com os limites entre o erótico e o perturbador. Exemplo claro: a sequência quente em que Silver sugere incluir a arma de serviço de Curtis nas fases preliminares. —D.F.

26. Nas garras do crime (1995) 5w1n54

O enredo é tão absurdamente complicado que nem a Wikipedia consegue dar conta: uma banqueira e garota de programa interpretada por Anne Heche acaba, de alguma forma, entrando na órbita do rico e perturbador Christopher Walken, dando início a uma série de maquinações que exigem várias sessões para serem entendidas. Entre as reviravoltas sórdidas, há uma cena quase pornográfica de sexo forçado entre Heche e o motorista de Walken, vivido por Steven Bauer; e uma infame sequência de amor entre Heche e Joan Chen que dura quase tanto quanto o ato central de Azul é a Cor Mais Quente (2013). Ainda que recheado de cenas provocantes — que garantiram a Nas garras do crime muitas exibições na TV a cabo durante a madrugada, especialmente depois que Heche virou manchete ao se tornar namorada de Ellen DeGeneres — o filme ressoa como uma joia pervertida e imperfeita, graças ao carisma de sua estrela e ao olhar deslumbrante do diretor Donald "Performance" Cammell para caracterização e ângulos de câmera. —M.R.

25. Um Estranho no Lago (2013) 1z2e4j

Numa praia de nudismo onde homens estacionam, tomam sol e flertam, Franck (Pierre Deladonchamps) troca olhares com Michel (Christophe Paou), um estranho atraente que ele mais tarde testemunha afogar casualmente outro homem no lago. O crime a sangue frio complica a atração de Franck — mas não a extingue, mesmo quando um detetive começa a investigar e fazer perguntas. O thriller francês de Alain Guiraudie, ao mesmo tempo frio, sedutor e ameaçador, observa esse meio isolado com o olhar ligeiramente distanciado de um naturalista estudando um ecossistema fechado, dedicando atenção especial aos rituais de perseguição e preliminares. Alguns interpretam o filme como uma alegoria da AIDS, com sua fusão de desejo e perigo, mas Um Estranho no Lago alcança algo mais primal e menos específico: o eterno tango entre Thanatos e Eros, e a forma como estender a mão para o outro pode se tornar uma espécie de assassinato do eu. —A.A.D.

24. Infidelidade (2002) 566t3q

Poucos cineastas definiram o gênero de thriller erótico como Adrian Lyne, cujos trabalhos elegantes, estilosos e suados capturaram como poucos o espírito provocante dos anos 80 e 90. Embora ele tenha feito mais um (Águas Profundas, de 2022), este suspense ardente do início do século XXI parece marcar o fim de uma era — um drama de adultério que muitas vezes soa como a ressaca depois de uma noite de maus comportamentos. Igualmente sensível e sombrio, Diane Lane interpreta uma mãe e esposa (casada com ninguém menos que Richard Gere) cujos encontros escaldantes com um estranho sedutor (Olivier Martinez) viram sua vida perfeita de cabeça para baixo. Lyne poderia ter feito apenas uma versão com papéis invertidos de seu grande sucesso Atração Fatal (1987), mas essa contribuição subestimada ao gênero é muito mais sutil e reflexiva, explorando as consequências do pecado sem negar os prazeres que ele oferece. —Jason Bailey

23. Cruel Intentions (1999) 311k1b

O thriller erótico vai para o colégio na versão deliciosamente escandalosa e absurda do diretor Roger Kumble para Les Liaisons Dangereuses. O filme transporta com brilhantismo os jogos sexuais da França do século XVIII para o Upper East Side do século XX, soltando um grupo de jovens estrelas em ascensão sobre esse material provocante. Sarah Michelle Gellar e Ryan Phillippe interpretam um par de meio-irmãos manipuladores que nutrem desejo um pelo outro e fazem uma aposta envolvendo a sedução da nova aluna da escola, uma jovem virgem interpretada por Reese Witherspoon. Gellar está em seu auge como a mente ardilosa e sexualmente faminta Kathryn Merteuil, que não para de recorrer ao colar de cruz recheado de cocaína para dar uma cheirada. O filme mergulha sem pudor em tudo o que é escandaloso e delicioso — incluindo o fio de saliva que permanece entre Gellar e Selma Blair na infame cena de beijo. —E.Zu

22. Vítimas de uma Paixão (1989) 734kk

Essa mistura estilosa de suspense erótico com drama policial ressuscitou a carreira de Al Pacino e transformou Ellen Barkin em estrela. Um detetive exausto (existe outro tipo nesse gênero?) investiga um serial killer que mata homens que colocam anúncios pessoais. Então, ele decide publicar um e se tornar isca — o que funciona bem, até que faíscas surgem com uma mulher sedutora que logo se torna sua principal suspeita. Pacino relembra por que foi um dos grandes nomes dos anos 1970, mas o verdadeiro trunfo do filme é Barkin, que queima em cena como um incêndio doméstico e, na agem mais memorável, assume o controle do primeiro encontro sexual do casal como uma caçadora atraindo sua presa. —J.B.

21. Dublê de Corpo (1984) l12

O diretor Brian De Palma mergulha de cabeça em sua obsessão por Alfred Hitchcock com esta releitura ousada e sexualizada de Janela Indiscreta (1954) e Um Corpo que Cai (1958), estrelada por Craig Wasson como um ator desempregado e neurótico que usa um telescópio para espionar a vizinha sensual de um amigo. Enquanto os thrillers de Hitchcock nos anos 1950 apenas insinuavam até onde o voyeurismo compulsivo de um homem poderia levá-lo, este filme escancara tudo em detalhes explícitos. O protagonista se torna obcecado por duas mulheres (interpretadas por Deborah Shelton e uma jovem e vibrante Melanie Griffith) que o provocam e o levam por uma jornada por Los Angeles — ando por shoppings luxuosos de Beverly Hills, com elevadores de vidro perfeitos para espiar até o submundo da indústria pornô. É sangrento, sórdido, totalmente exagerado — e ainda assim oferece um comentário perspicaz sobre a falsidade do cinema… e como todos nós adoramos assistir. —N.M.

20. A Piscina (1969) 2d5f5f

É tudo sobre sol e sexo vespertino em Saint-Tropez para Jean-Paul (Alain Delon) e Marianne (Romy Schneider), dois belos europeus desocupados aproveitando a casa de veraneio emprestada de um amigo. Até que chega Harry (Maurice Ronet), um velho amigo de Jean-Paul — e ex-amante de Marianne — acompanhado de sua jovem filha de 18 anos (Jane Birkin). Eles aparecem para uma visita e acabam aceitando um convite improvisado para ficar por um tempo. A tensão entre os quatro visitantes logo adiciona uma sensação claustrofóbica de umidade que acompanha o calor da estação na Riviera sa. Não se trata de se algo ruim vai acontecer, e sim quem será o autor e quem será a vítima. Graças a uma recente restauração e relançamento nos cinemas, o thriller de Jacques Deray com espírito de 1969 ou de obscuro filme cult a clássico redescoberto. E quanto à classificação de "erótico"? Bem… se você não ficar minimamente afetado ao ver duas das pessoas mais bonitas que já apareceram no cinema se enrolando seminuas ao lado de uma piscina luxuosa, talvez valha a pena checar seus sinais vitais. —D.F.

19. Garota Exemplar (2014)

Amy (Rosamund Pike) desapareceu, e tudo indica que seu marido emocionalmente distante, Nick (Ben Affleck), esteja por trás do sumiço — mas será que ele é o verdadeiro vilão desse relacionamento? Brincando com papéis de gênero e a impossibilidade de realmente conhecer o casamento alheio, a adaptação de David Fincher do best-seller de Gillian Flynn é ferozmente engraçada ao subverter expectativas e mudar nossas lealdades. O erótico e o assassino estão intimamente entrelaçados — especialmente quando o azarado personagem secundário de Neil Patrick Harris é puxado para a teia do casal —, e Pike e Affleck brilham ao interpretar pessoas que, de certa forma, estão interpretando outras pessoas em seu frágil ime doméstico. Ao revelar o que aconteceu com Amy, Fincher descasca as camadas de ressentimento que se acumulam depois do "sim", expondo o matrimônio como uma elaborada tortura mental. —T.G.

18. O Quarto Homem (1983) 2e3j6t

Quase uma década antes de equipar uma Sharon Stone poliamorosa com um picador de gelo, o diretor Paul Verhoeven recorreu à sua loira hitchcockiana favorita, Renée Soutendijk, para o que, em retrospectiva, parece um ensaio geral para Instinto Selvagem (1992) — exceto talvez por Cristo sendo estimulado na cruz. Fluidez sexual, lâminas castradoras e visões prescientes desempenham um papel na história de um autor bissexual (Jeroen Krabbé) que se apaixona por uma cosmetologista três vezes viúva (Soutendijk). Ele começa a suspeitar que ela matou seus maridos... e que ele será o próximo. Na cidade portuária cinzenta de Vlissingen, Soutendijk surge vestida de vermelho e com um penteado à la Kim Novak, e Verhoeven a compara a uma aranha elegantemente tecendo sua teia. Só porque o autor sonha ser a mosca, no entanto, não significa que ele vai escapar dessa armadilha. —S.T.

17. O Fio da Suspeita (1985) 5b2a4p

O roteirista Joe Eszterhas realmente merece seu lugar no Hall da Fama do Suspense Erótico — o homem escreveu Instinto Selvagem (1992), Pacto de Sangue (1989) e Jade (1995)! — e ele consolidou sua reputação cedo com este thriller fundamental dos anos 80, no qual a advogada criminal Glenn Close sai da aposentadoria para defender o editor de jornal vivido por Jeff Bridges. A esposa dele foi brutalmente assassinada, ele é o principal suspeito, e ela está determinada a provar sua inocência. O fato de eles começarem a se envolver romanticamente durante o julgamento, é claro, complica um pouco as coisas — especialmente quando a apaixonada advogada começa a duvidar se ele está dizendo a verdade ou não. O diretor Richard Marquand vai apertando o cerco e aumentando a tensão, enquanto Bridges usa sutilmente sua boa aparência e charme descontraído de surfista californiano como arma. —D.F.

16. Swimming Pool - À Beira da Piscina (2003) 1d6w2a

O cineasta francês François Ozon explora os impulsos obscuros que alimentam histórias sombrias neste retrato lascivo e hitchcockiano da escritora britânica de mistério best-seller Sarah Morton (Charlotte Rampling), uma solteira de meia-idade entediada com a fórmula de "sangue, sexo e dinheiro" que sustenta seu sucesso desgastado. Então, seu editor lhe oferece sua vila no sul da França para estimular a criatividade. A musa improvável da autora: Julie (Ludivine Seigner), a filha promíscua do editor. Sua visita inesperada e sua sequência de encontros de uma noite só deixam Sarah tanto amarga quanto ressentidamente excitada, quando ela não está folheando o diário de Julie em busca de ideias para histórias. As tensões chegam ao auge quando a atração mútua por um belo morador da cidade leva a uma noite quente em casa, um mergulho pelado e um homicídio movido pelo ciúme. —S.G.

15. Mulher Solteira Procura (1992) 6g4n52

Baseado no romance de 1990 SWF Seeks Same, de John Lutz, o filme dramaticamente instável de Barbet Schroeder nos ensinou que colegas de apartamento não são de confiança. Allie (Bridget Fonda), uma designer de software abalada por um término, aluga um quarto em seu apartamento para Hedra (Jennifer Jason Leigh), que responde a um anúncio. Hedra se torna obsessivamente protetora de sua nova amiga, chegando ao ponto de se ar por ela para buscar uma vingança mortal contra um chefe excitado. O filme oscila entre o slasher e o thriller — você nunca mais verá um salto agulha do mesmo jeito — e a fixação de Hedra por Allie é um enigma que você precisaria de uma equipe de psiquiatras para decifrar. Mais um motivo para você morar sozinho. —E.Ze

14. Relação Indecente (1992) t3t43

Bem-vindo ao marco zero de um dos retornos mais chocantes da história do showbiz. Antes deste filme, Drew Barrymore era uma ex-estrela mirim em um momento crítico da carreira; depois dele, ela nunca mais deixou de ser famosa, nem por um minuto. A diretora Katt Shea (colaboradora de longa data de Roger Corman) dá um toque da era grunge a uma história familiar: uma família nuclear é invadida por uma força selvagem que quer entrar — e não se importa com quem precisa eliminar para isso. Drew interpreta Ivy, uma adolescente tatuada e criminosa, que se torna melhor amiga da ingênua colega de classe vivida por Sara Gilbert. Ela usa seu charme com a mãe (Cheryl Ladd, de As Panteras!) e transa na chuva com o pai (Tom Skerritt, em sua versão mais repulsiva). Drew entrega toda a sua intensidade feroz, sabendo que esta era sua última chance; depois disso, ela mergulhou de vez nos papéis de garota má em Guncrazy (1992), Amor Louco (1995) e Amy Fisher - A Ninfeta Assassina (1993). —R.S.

13. Cidade dos Sonhos (2001) 1d6o5y

Rita Hayworth certa vez disse: "Os homens vão para a cama com Gilda, mas acordam comigo." Em Cidade dos Sonhos, a personagem de Laura Harring sobrevive a um acidente de carro com amnésia e adota o nome "Rita" após ver um pôster de Gilda — e todos que vão para a cama com Rita acordam simplesmente confusos. O cineasta David Lynch descreveu o filme como "uma história de amor na Cidade dos Sonhos", mas isso não faz jus ao mistério e à tensão que envolvem Rita e a personagem de Naomi Watts, Betty Elms. As duas mulheres visitam o bizarro Club Silencio, um apartamento que pertence a uma mulher misteriosa recém-falecida, e o sofá de Elms, onde descobrem o amor mútuo. No melhor estilo lynchiano, tudo se inverte na metade do filme — Harring e Watts se transformam em outras personagens, e surge um triângulo amoroso com o personagem de Justin Theroux. "Você quer saber quem você é, não quer?", pergunta Elms em certo momento. Mas, com um quebra-cabeça tão intricado assim, será que alguém realmente sabe? —Kory Grow

12. Um Corpo que Cai (1958) 3v3g6

Entre os pioneiros originais do gênero thriller erótico, Hitchcock mergulha fundo na obsessão sexual ao permitir que o espectador compartilhe da mania do herói trágico de Jimmy Stewart, completamente enfeitiçado, enquanto ele submete a personagem de Kim Novak a uma transformação extrema (ainda que ela já tenha dado o primeiro o nesse jogo de metamorfose). Atuando na zona cinzenta entre o declínio do Código de Produção e o surgimento do sistema de classificação indicativa, Hitchcock sabia que não precisava de nudez ou cenas explícitas para transmitir um erotismo quase alucinatório. Sexo e morte raramente foram tão inseparáveis. Será que Brian De Palma ou Paul Verhoeven sequer teriam existido, cinematograficamente falando, sem Um Corpo que Cai? —C.V.

11. De Olhos Bem Fechados (1999) 3c5b5i

O último filme de Stanley Kubrick já era um fenômeno antes mesmo de ser lançado, com alguns rumores sugerindo que talvez fosse "quente demais" para os cinemas americanos. E ele é, de fato, memoravelmente provocante — a cena central da orgia mascarada ainda é parodiada até hoje. Mas, embora se e em apartamentos e mansões opulentas de Nova York, o filme gira em torno de um homem bem comum: um marido ciumento e mal-humorado (Tom Cruise, em uma de suas performances mais sutis e vulneráveis), que fica profundamente perturbado ao ouvir os desejos eróticos secretos de sua esposa (Nicole Kidman). Isso o leva a perambular pela cidade em um nevoeiro de excitação e inveja. No caminho, ele se depara com cadáveres e festas sexuais clandestinas antes de cruzar o caminho de pessoas poderosas. Como nos melhores thrillers eróticos, aqui há uma linha direta entre frustração sexual e perigo mortal. Só não se esqueça: "Fidelio" é a senha de entrada — mas talvez não seja a senha para sair da casa... —N.M.

10. Em Carne Viva (2003) 674s4g

Deixe para a brilhante Jane Campion a tarefa de criar uma das abordagens mais inteligentes e artísticas do thriller erótico — sem perder nada do perigo que torna o gênero tão atraente. A ex-rainha das comédias românticas Meg Ryan interpreta Frannie Avery, uma professora de inglês em uma Nova York sombria do pós-11 de Setembro, que coleciona palavras e frases em seu caderno. O aparecimento de um membro decepado de uma vítima de assassinato no jardim de seu prédio atrai o detetive Malloy (interpretado por Mark Ruffalo) até a porta de Frannie. O caso que se desenvolve entre eles, à medida que a ameaça do assassino se aproxima, é ao mesmo tempo apaixonado e paranoico — e, justamente por isso, profundamente hipnotizante. —E.Zu

9. Vestida para Matar (1980) 62p5c

Lançado durante a fase incrível de Brian De Palma no final dos anos 1970 e início dos anos 1980 — quando ele reinava como o mestre dos thrillers adultos à la HitchcockVestida para Matar provavelmente não seria produzido hoje em dia, pelo menos não com um orçamento milionário de Hollywood. Assim como Parceiros da Noite, outro filme quente e polêmico lançado em 1980, ele flerta com a representação de pessoas não heteronormativas como desviantes homicidas, embora não fique totalmente claro se o assassino que esfaqueia Angie Dickinson em um elevador age por desejo ou raiva. Como a única testemunha do crime, Nancy Allen (na época esposa do diretor) entrega uma ótima atuação, indicada ao Globo de Ouro. Sua performance como uma trabalhadora do sexo astuta contribui enormemente para um filme que envolve o espectador, aos poucos, em reviravoltas cheias de suspense. Não se pode dizer que o filme seja exatamente "sexy", mas há uma tensão sexual constante ao longo de toda a narrativa. De Palma é mestre em explorar os tons entre desejo humano e tormento, então, embora a história possa soar ofensiva para espectadores com uma visão feminista (muitos criticaram, na época, uma cena com uma furadeira de simbolismo fálico bem óbvio), o filme continua envolvente. Parte do fascínio está justamente em tentar entender de que lado De Palma realmente está — dos "pervertidos" ou dos "normais". —M.R.

8. Instinto Selvagem (1992) eo4m

"Ela é má! Ela é brilhante!" Com essas quatro palavras, Jeanne Tripplehorn não apenas resume a trama de Instinto Selvagem — ela encapsula toda a filosofia do thriller erótico. O diretor Paul Verhoeven e o roteirista Joe Eszterhas inauguraram uma era de ouro para o gênero nos anos 1990 com essa obra-prima descaradamente trash, que condensou todos os clichês do gênero em um blockbuster brilhante e polido. Sharon Stone interpreta uma sedutora autora de romances policiais que pode — ou não — ser uma assassina serial com um picador de gelo escondido debaixo da cama.

Como é de praxe nos thrillers eróticos, a vaidade masculina é praticamente um personagem central, aqui personificada por duas nádegas específicas e pela decisão questionável de Michael Douglas de exibi-las ao vento. Ele é o policial otário encarregado de investigar o assassinato "sexo-e-faca" de um astro do rock. Já Stone brilha com sua energia dominadora de vilã sem vergonha, deixando marcas de dentes nos móveis. Em sua cena mais icônica (e frequentemente parodiada), ela descruza as pernas durante um interrogatório policial, revelando que não está usando roupa íntima; Stone afirmou diversas vezes que não sabia que sua vulva estava visível na câmera.

Ela recebeu US$ 500.000 por Instinto Selvagem; Douglas levou US$ 14 milhões — ou US$ 7 milhões por nádega. Mas foi esse papel que a transformou em estrela. E ela está ótima também na "sequência espiritual" de 1993 — não Instinto Selvagem 2, mas Invasão de Privacidade, também escrito por Eszterhas, em que interpreta uma arquiteta que quer viver perigosamente ("Esqueça o Pavarotti, quero ir ver o Pearl Jam!"). —R.S.

7. Desejo e Perigo (2007) 695f54

Na história de engano e traição de Ang Lee, ambientada durante a ocupação japonesa da China, o sexo pode ser uma forma de mentira — ou o único momento de honestidade entre duas pessoas. Pode ser um ato de violência, um jogo, uma expressão de desejo, opressão ou amor. Mas sempre significa algo, mesmo que seus participantes interpretem esse "algo" de maneiras diferentes.

Adaptando uma novela de Eileen Chang, o diretor de O Tigre e o Dragão utiliza cenas de sexo explícitas como extensão da ambiguidade moral que envolve o filme. Tang Wei interpreta Wong ChiaChi, uma estudante universitária patriota recrutada por um grupo da resistência para ass o Sr.Yee (Tony Leung), um poderoso colaborador do governo fantoche que governa a China. Escolhida para seduzir Yee, Chia Chi se torna, primeiro, vítima de seus impulsos cruéis, depois sua amante e confidente íntima — sentimentos cada vez mais confusos que acabam fazendo-a questionar sua missão.

O filme é tão desconfortável quanto explícito, uma combinação que lhe rendeu a classificação de proibido para menores de 17 anos nos Estados Unidos e levou Tang Wei a ser banida da indústria cinematográfica chinesa por vários anos. No entanto, sua representação direta, complexa e magistral de como o sexo pode cegar aqueles sob seu efeito — onde o desejo não apenas atropela a cautela, mas também ideais políticos, amizades e tudo o mais em seu caminho — garantiu ao filme um lugar duradouro na história do cinema. —K.P.

6. Corpos Ardentes (1981) 19q2e

Visto pela primeira vez nu, de costas para a câmera e encharcado de suor após sua mais recente conquista erótica, William Hurt é um objeto sexual deliciosamente tolo no neo-noir seminal de Lawrence Kasdan. Seu personagem, Ned Racine, um advogado imobiliário medíocre da Flórida, é como uma versão "bonito, mas bobo" de Fred MacMurray em Pacto de Sangue — e a Barbara Stanwyck desta história é Matty Walker, interpretada com confiança e voz rouca por Kathleen Turner, que avalia sua presa com a seguinte frase: "Você não é muito inteligente. Gosto disso em um homem."

Corpos Ardentes se apoia na premissa clássica da femme fatale que manipula seu amante para matar o marido por dinheiro. Ned não é ingênuo ou tão moralmente corrupto a ponto de não perceber que está fazendo algo errado; Matty simplesmente o domina com seu poder de sedução, que o diretor Lawrence Kasdan apresenta com uma intensidade quase como a de um avião em queda, fazendo com que os erros de Ned pareçam totalmente compreensíveis. Um futuro em que Ned e Matty possam se entregar todas as noites a seus exercícios sexuais contra a brisa suave e os sinos ao vento da costa da Flórida soa irresistível. Se um ricaço precisar morrer para isso acontecer, é um preço relativamente pequeno a se pagar. —S.T.

5. Garotas Selvagens (1998) a4g2i

Uma névoa de umidade e sordidez paira sobre os Everglades da Flórida neste thriller de 1998 dirigido por John McNaughton — um filme com tantas reviravoltas que você só descobre quem está enganando quem quando sobem os créditos finais. O sedutor orientador escolar Sam Lombardo (Matt Dillon) se torna um pária local quando duas de suas alunas — a garota rica Kelly Van Ryan (Denise Richards) e a excluída "caipira" Suzie Toller (Neve Campbell) — o acusam de estupro. Mas espere! Não apenas estão mentindo, como também estão em conluio com Sam para arrancar dinheiro da mãe de Kelly e se envolver em festinhas regadas a champanhe e sexo a três. Pessoas são assassinadas (ou será que não?), e dois policiais locais sabem que alguém está mentindo.

É um thriller erótico que vai até o fim, abraçando completamente a sordidez do gênero — com direito a cenas memoráveis de sexo entre garotas numa piscina, enquanto o sargento Ray Duquette (Kevin Bacon) espia tudo por trás de uma filmadora. Bacon chegou a dizer que o roteiro era "a coisa mais lixo" que ele já tinha lido — o que talvez seja o maior elogio possível para um filme como este. E não dá pra negar o quanto Garotas Selvagens é descaradamente lascivo. É o tipo de filme que te faz querer tomar um banho depois — frio, de preferência. — E.Zu

4. Atração Fatal (1987) c423j

Talvez nenhum suspense erótico tenha deixado um impacto cultural tão duradouro (para o bem e para o mal) quanto este marco dos anos 1980 dirigido por Adrian Lyne — mesmo que você nunca tenha assistido, com certeza conhece os momentos principais. Dan Gallagher (Michael Douglas no auge da carreira) é um homem casado, com uma vida perfeitamente tranquila ao lado da esposa (Anne Archer), até começar um caso com a intensa e descontrolada Alex Forrest (Glenn Close). Em pouco tempo, Alex se torna obcecada e possessiva; eventualmente, ela cozinha um coelhinho — uma das cenas mais icônicas da história do cinema.

Mas reduzir Atração Fatal a esses elementos é ignorar as nuances brilhantes do trabalho de Lyne. A verdadeira queda de Dan não é apenas ter se envolvido com a mulher errada — é o fato de que Douglas o interpreta como um tolo egocêntrico que simplesmente não consegue se conter. Enquanto isso, embora o nome Alex Forrest tenha se tornado sinônimo do estereótipo da "mulher louca", Glenn Close oferece à personagem uma profundidade rara ao retratá-la como alguém que luta com sérios problemas de saúde mental. A química entre os dois é, sem dúvida, eletrizante. E quando colidem, são o par perfeito: duas pessoas que são, cada uma a seu modo, a própria fonte de sua destruição. — E.Zu

3. O Poder da Sedução (1994) 6ii19

O extraordinário neo-noir de John Dahl ousa fazer a seguinte pergunta: e se a femme fatale mais impiedosa do cinema fosse, na verdade, a heroína da história? Uma mantis religiosa de salto agulha, Bridget Gregory (Linda Fiorentino) comanda uma empresa de telemarketing com punho de ferro — e ainda faz o marido (Bill Pullman) vender cocaína farmacêutica desviada do hospital onde trabalha, só para garantir uma grana extra. Mas assim que ele traz o dinheiro para casa, Bridget dá o fora sem olhar pra trás.

Fazendo uma parada no interior do estado de Nova York a caminho de Chicago, ela cruza com Mike (Peter Berg, que mais tarde se tornaria diretor), um garotão meio burro que ela conhece num bar. E, de repente, a nossa protagonista oportunista enxerga ali não apenas um otário, mas uma chance de faturar ainda mais.

Com uma trilha sonora de jazz tão "pós-expediente" e ilícita que parece quase uma paródia do gênero, e uma atuação definidora de carreira de Fiorentino, esse clássico do thriller erótico dos anos 1990 continua sendo um deleite noir enxuto, malicioso e afiado. Mas o que provavelmente fica mais na memória é a cena de sexo central do filme — uma empreitada altamente atlética em que Bridget assume o controle total enquanto se agarra a uma cerca.

Anos depois, Berg relembrou que, enquanto ele e Dahl tentavam coreografar a cena, Fiorentino apenas observava em silêncio. Então, já completamente incorporada à personagem, "ela jogou o cigarro no chão, olhou pra mim e disse: 'Cala a porra da boca, abaixa as calças e vai pra cerca.'" E o resto, bem… é história. — D.F.

2. A Criada (2016) 1q2k2a

Park Chan-wook primeiro ganhou fama com provocações violentas como Mr. Vingança (2002) e Oldboy (2003). Mas quando voltou sua atenção para o romance histórico Na Ponta dos Dedos, de Sarah Waters, o diretor sul-coreano entregou algo não apenas ousado, mas também surpreendentemente erótico — uma história de perversões, encontros sáficos, reviravoltas engenhosas e um amor verdadeiro nascendo em meio a um ambiente hostil.

Ambientado na Coreia dos anos 1930, durante a ocupação japonesa, o filme acompanha Sookee (Kim Tae-ri), uma bela ladra que se une a um falsificador (Ha Jung-woo) para aplicar um golpe numa herdeira rica, Hideko (Kim Min-hee). Sookee torna-se a criada pessoal de Hideko, mas os planos se complicam quando ela desenvolve sentimentos pela jovem isolada e infeliz.

O enredo é repleto de flashbacks, revelações e lealdades despedaçadas. As reviravoltas não param, mas a maior surpresa do filme foi ver Park sonhar tão alto, criando um thriller erótico em formato de quebra-cabeça — ao mesmo tempo envolvente, luminoso e depravado — que marcou um novo capítulo numa carreira já singular. Ele não abre mão da violência gráfica e das sequências estilizadas que são sua marca registrada — mas agora elas estão a serviço de um drama romântico arrebatador, que acabou sendo o filme mais ousado (e perversamente sensual) a ar pelas salas de cinema de arte naquele ano. — T.G.

1. Ligadas pelo Desejo (1996) 625o3k

É possível que nenhum outro par de atores tenha compartilhado tanta química sexual quanto Gina Gershon e Jennifer Tilly em Ligadas pelo Desejo. Desde o momento em que Corky, uma ex-presidiária faz-tudo (interpretada por Gershon), cruza olhares no elevador com Violet, a sedutora namorada de um mafioso (vivida por Tilly), a tensão entre elas ameaça incendiar a tela. Eventualmente, elas consomam essa atração mútua numa cena de sexo com uma paixão raramente vista. Mas mesmo antes disso, seus encontros já vibram com insinuação e desejo — uma corrente de pura atração que eleva a estreia das irmãs Wachowski ao topo do gênero.

Embora tenha sido Matrix (1999) o filme que capturou a imaginação do mundo, foi Ligadas pelo Desejo que estabeleceu as Wachowski como cineastas de enorme talento e ousadia. Este marco do neo-noir dos anos 1990 é ao mesmo tempo clássico e pós-moderno, pegando um cenário digno de Billy Wilder (e arquétipos da era dourada de Hollywood) e o filtrando por uma lente explicitamente queer, com uma das representações mais francas do amor lésbico já vistas em um filme comercial até então.

Trabalhando com um orçamento enxuto, elas transformaram as limitações em virtudes, concentrando a tensão dentro de um apartamento claustrofóbico e de um cronograma igualmente apertado. Quando as duas mulheres colocam em prática seu plano arriscado de roubar uma mala cheia de dinheiro desviado do violento namorado mafioso de Violet (vivido por Joe Pantoliano), o filme se transforma num suspense de tirar o fôlego.

Mas mais do que suas reviravoltas cruéis ou os obstáculos crescentes, o que realmente move esse filme é a fome — que as protagonistas têm uma pela outra, e pelo desejo de algo mais do que a vida lhes ofereceu até então. Muitos thrillers eróticos tentam alinhar o desejo do público ao dos personagens. Ligadas pelo Desejo quer nos conectar diretamente à alma delas. O que poderia ser mais erótico — ou mais emocionante? — A.A.D.

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